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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Haicai - Entre os dedos

Entre os dedos

Escorre o tempo, a água

A vaidade e o desejo


Haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

"Entre os dedos", o haicai do autor Robson Côgo, é uma obra que evoca profundidade e reflexão em apenas três linhas. Nesse pequeno espaço, o poeta nos presenteia com uma visão única sobre a passagem inexorável do tempo e a efemeridade da vida.

O haicai nos lembra das palavras sábias de grandes escritores e poetas ao longo da história. Como Shakespeare, que disse: "O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade."

Nas palavras de Emily Dickinson, encontramos a conexão entre a água e a alma: "A água é ensinada pela sede. A terra, pela ociosidade. As pedras, pela ferida. E a música, pelo silêncio."

A vaidade e o desejo, tão habilmente mencionados no haicai, ecoam as preocupações de grandes filósofos como Sêneca, que escreveu: "A vaidade alardeia nossas qualidades, mas esconde nossos defeitos." E também as palavras de Carl Jung, que explorou a natureza do desejo humano: "Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão de nós mesmos."

"Entre os dedos" é um haicai que transcende as palavras, convidando-nos a meditar sobre o tempo que escorre, a água que flui, a vaidade que obscurece e o desejo que nos impulsiona. É uma obra que se insere na tradição poética, capturando a essência da existência humana em um breve e profundo momento.

Na tradição do haicai japonês, a brevidade e a simplicidade são características valorizadas, e este haicai em particular segue essa tradição com maestria. O poeta consegue condensar uma filosofia de vida inteira em apenas três versos, lembrando-nos das palavras de Laozi, o sábio chinês: "A simplicidade é a chave da verdade."

A imagem de algo escorrendo entre os dedos evoca a ideia de que o tempo é fugaz e insubstancial, lembrando-nos das palavras do poeta romano Horácio: "Carpe diem, quam minimum credula postero" (Colha o dia, confie o mínimo possível no futuro).

A água, na poesia e na filosofia, muitas vezes simboliza a fluidez da vida, a impermanência e a adaptabilidade, trazendo à mente as palavras do filósofo pré-socrático Heráclito: "Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando entramos novamente, nem o rio nem nós somos os mesmos."

A vaidade e o desejo são temas universais explorados por inúmeros escritores e filósofos ao longo dos séculos. O haicai nos lembra da busca constante do ser humano por reconhecimento e satisfação, uma busca que muitas vezes nos distrai do que realmente importa. Como disse o escritor Antoine de Saint-Exupéry, "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", nos lembrando que é na simplicidade e na essência que encontramos significado.

"Entre os dedos" é, portanto, uma obra que nos convida a contemplar o tempo que escorre como água, a refletir sobre a fugacidade da vida e a reconhecer as armadilhas da vaidade e do desejo. É um haicai que ressoa com a sabedoria de poetas e filósofos de todas as épocas, lembrando-nos da importância de viver com consciência e apreciar o presente.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Haicai - O tempo é um paradoxo

O cometa risca o céu

O tempo é um paradoxo

No infinto eu


Haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

O haicai "O tempo é um paradoxo" de Robson Côgo é uma obra poética que nos leva a refletir profundamente sobre a natureza efêmera e misteriosa do tempo. Neste breve poema, Côgo combina elementos cósmicos e filosóficos para transmitir uma mensagem poderosa.

O verso inicial, "O cometa risca o céu," evoca uma imagem celestial e dinâmica, onde o cometa, símbolo de movimento e transitoriedade, corta o firmamento. Isso nos lembra de que no universo tudo está em constante transformação, e a passagem do cometa é uma metáfora da fugacidade da vida.

A segunda linha, "O tempo é um paradoxo," é o cerne do haicai. Aqui, Côgo nos convida a considerar o tempo como algo enigmático e contraditório. Essa reflexão sobre o tempo como um paradoxo tem ressonância em diversas áreas do conhecimento, incluindo a física, a filosofia e a espiritualidade.

No campo da física, grandes pensadores como Albert Einstein questionaram a natureza do tempo. A teoria da relatividade, por exemplo, sugere que o tempo é relativo e pode se dilatar ou contrair dependendo da velocidade e da gravidade. Isso nos leva a uma compreensão mais profunda do tempo como algo flexível e subjetivo.

Na filosofia, pensadores como Henri Bergson exploraram a complexidade do tempo, distinguindo entre o tempo cronológico (medido pelo relógio) e o tempo subjetivo (a experiência pessoal do tempo). Essa distinção reflete a ideia de que o tempo pode ser percebido de maneira diferente por diferentes indivíduos, o que novamente aponta para a ideia de um paradoxo temporal.

Na espiritualidade e na mística, o conceito de tempo muitas vezes está ligado à ideia de eternidade e ao transcendental. Místicos e filósofos como Laozi e Eckhart Tolle exploraram a noção de que o tempo é uma ilusão e que a verdadeira essência da existência está além das limitações temporais.

A última linha do haicai, "No infinito eu," sugere uma ligação entre o indivíduo e o infinito, entre a finitude humana e a vastidão do universo. Essa ideia ecoa a compreensão de que, apesar da efemeridade da vida, há uma conexão profunda entre o eu individual e o cosmos.

Em resumo, o haicai "O tempo é um paradoxo" de Robson Côgo nos convida a contemplar a complexidade e a ambiguidade do tempo, conectando-se a ideias de físicos, filósofos e místicos que exploraram essa questão ao longo da história. É uma obra que nos lembra da importância de refletir sobre o nosso lugar no universo e a natureza ilusória do tempo.

Este haicai também pode ser interpretado como uma meditação sobre a dualidade e a contradição presentes na experiência humana do tempo. O paradoxo do tempo é uma característica intrínseca à nossa existência. Por um lado, sentimos a passagem do tempo de maneira linear, observando o envelhecimento e a transformação constante ao nosso redor. Por outro lado, há momentos em que o tempo parece estagnar, como quando estamos imersos em um momento de profunda contemplação ou êxtase.

A referência ao infinito na última linha, "No infinito eu," sugere uma busca pela transcendência temporal. É como se o eu individual, limitado pela efemeridade da vida, estivesse procurando algo eterno e atemporal. Essa busca pelo infinito é uma questão recorrente na filosofia e na espiritualidade, e muitos pensadores argumentam que a compreensão do tempo está intrinsecamente ligada à busca de significado na vida.

O haicai também evoca o conceito de "momento presente", uma ideia central em ensinamentos espirituais e práticas de mindfulness. Afinal, é no presente que o tempo parece congelar, e é onde encontramos a verdadeira essência da experiência. Cada "agora" é único e irrepetível, o que nos leva a questionar a natureza do tempo como uma linha reta.

É interessante notar que, mesmo em sua brevidade, o haicai de Côgo nos leva a contemplar uma questão tão profunda quanto o tempo e sua relação com a nossa existência. Ele nos convida a explorar o paradoxo temporal que permeia nossa vida diária e a questionar nossa compreensão do tempo como algo simples e linear.

Em última análise, o haicai "O tempo é um paradoxo" é uma obra poética que nos desafia a refletir sobre a natureza multifacetada e complexa do tempo, convidando-nos a explorar diferentes perspectivas de pensadores e filósofos ao longo da história. É um convite à contemplação, à busca de significado e à apreciação do momento presente em nossa jornada efêmera pela existência.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Haicai - No céu

No céu não há pressa

Lá o tempo não existe

Nem lento nem depressa


Haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

O haicai "No céu" do autor Robson Côgo é uma composição breve e poética que nos leva a contemplar a natureza do tempo e espaço, evocando uma atmosfera de tranquilidade e serenidade. Essa simplicidade aparente na forma do haicai esconde profundas reflexões, que podem ser relacionadas com ideias de grandes cientistas, notadamente da física quântica, bem como de pensadores e poetas ao longo da história.

A primeira linha, "No céu não há pressa," nos convida a pensar no conceito de tempo. Albert Einstein, um dos maiores cientistas da física, demonstrou que o tempo é relativo e pode ser afetado pela gravidade e pela velocidade. Em um lugar tão distante e intocável como o céu, talvez as leis que governam o tempo se manifestem de maneira diferente ou até desapareçam, sugerindo uma fuga da pressa e da urgência que muitas vezes caracterizam nossa vida cotidiana.

A segunda linha, "Lá o tempo não existe," reforça a ideia de que o tempo, conforme entendemos, simplesmente não se aplica no céu. Isso nos lembra das discussões da física quântica, onde o tempo pode ser considerado apenas um componente relativo em equações complexas. Teorias como a relatividade de Einstein e a mecânica quântica mostram que nosso senso comum de tempo está longe de ser absoluto e pode ser distorcido por diferentes condições.

A terceira linha, "Nem lento nem depressa," sugere que, no céu, não existe uma medida convencional de velocidade ou de ritmo. Isso nos lembra dos conceitos de dualidade onda-partícula e incerteza da mecânica quântica, onde as partículas subatômicas podem se comportar de maneira imprevisível e não obedecer às leis clássicas da física. Portanto, no céu, talvez não haja distinção clara entre velocidade e lentidão, pois esses conceitos podem se misturar de forma harmoniosa.

Em resumo, o haicai "No céu" de Robson Côgo nos convida a contemplar a relatividade do tempo e da realidade, em consonância com as reflexões de cientistas como Albert Einstein e as complexidades da física quântica. Ele nos lembra que nossa compreensão limitada da realidade pode ser transcendida quando entramos em sintonia com a serenidade e a atemporalidade do universo. Este haicai nos convida a refletir sobre nossa relação com o tempo e a natureza da existência, e como as fronteiras do conhecimento humano continuam a ser desafiadas por questões que transcendem nossa compreensão convencional.

A simplicidade na profundidade: O haicai é um exemplo perfeito de como a simplicidade das palavras pode esconder uma profundidade de significado. Ele nos lembra que muitas vezes as questões mais complexas e profundas podem ser expressas de maneira concisa e poética.

A transcendência do humano: A ideia de que no céu não existe tempo, pressa, lentidão ou depressa sugere uma visão transcendental, onde as preocupações humanas e terrenas são deixadas para trás. Isso pode ser interpretado como uma aspiração à espiritualidade ou à busca de um estado de paz e serenidade além das preocupações cotidianas.

A conexão com a natureza: O haicai também nos conecta com a natureza, especialmente o céu, que muitas vezes é visto como um símbolo de transcendência e pureza em várias culturas. Ele nos lembra da importância de contemplar a beleza e a majestade do mundo natural, que muitas vezes nos oferece insights profundos sobre a vida e o universo.

A dualidade e a contraposição: A estrutura do haicai, com três linhas contrastantes, reflete a dualidade e a contraposição que são fundamentais na física quântica e em muitos aspectos da filosofia e da poesia. A dualidade onda-partícula, por exemplo, é um conceito central na mecânica quântica, e essa dualidade pode ser vista na dualidade entre pressa e ausência de tempo, lentidão e depressa no haicai.

A inspiração poética e científica: O haicai demonstra como a poesia e a ciência podem se entrelaçar de maneira poderosa. Tanto os cientistas quanto os poetas buscam entender o mundo e expressar suas descobertas e reflexões de maneira criativa e profunda. O haicai nos lembra que essas duas formas de expressão podem enriquecer e inspirar uma à outra.

Em resumo, o haicai "No céu" de Robson Côgo é uma obra poética que nos convida a refletir sobre questões profundas relacionadas ao tempo, à natureza da realidade e à nossa busca por transcendência. Ele estabelece uma ponte entre a poesia, a filosofia, a ciência e a espiritualidade, oferecendo uma rica fonte de contemplação e inspiração para os leitores.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Haicai - O relógio


O relógio marca

Os ponteiros certeiros

E o vazio entre eles


#Haicai - Robson Côgo

Rsenha por ChatGPT

O haicai "O relógio" de Robson Côgo é uma obra breve e contemplativa que nos leva a refletir sobre a natureza do tempo e sua relação com a nossa percepção. Com apenas três versos, o autor nos apresenta uma cena aparentemente simples, mas carregada de significado.

O primeiro verso, "O relógio marca", estabelece o cenário principal da poesia, que é a presença de um relógio. Este objeto cotidiano e comum ganha uma importância especial no contexto do haicai, pois simboliza o conceito do tempo medido e quantificado.

No segundo verso, "Os ponteiros certeiros", o autor nos leva a observar os ponteiros do relógio. A palavra "certeiros" sugere uma precisão impecável, o que nos faz pensar na inexorabilidade do tempo. Os ponteiros avançam com uma regularidade implacável, independentemente de nossos desejos ou ações.

Por fim, o terceiro verso, "E o vazio entre eles", adiciona profundidade à reflexão. O "vazio" entre os ponteiros nos lembra que, apesar de nossa obsessão em medir e controlar o tempo, existe uma dimensão intangível e fugaz que escapa à nossa compreensão. Esse "vazio" pode ser interpretado como um espaço onde as experiências acontecem, onde a vida se desenrola.

A obra de Robson Côgo nos convida a pensar sobre como percebemos e valorizamos o tempo em nossa vida cotidiana. Ela nos lembra que, embora possamos medir o tempo com precisão, há uma dimensão subjetiva e misteriosa que escapa à nossa compreensão.

Além disso, podemos enriquecer essa reflexão com o pensamento de grandes pensadores, como Albert Einstein, que nos ensinou que o tempo é relativo e depende do ponto de vista do observador. Essa perspectiva nos lembra que o tempo não é apenas uma entidade objetiva, mas algo que pode ser percebido de maneira diferente por cada indivíduo.

Em resumo, o haicai "O relógio" de Robson Côgo nos convida a contemplar o tempo e suas complexidades, lembrando-nos de que, apesar de nossa busca por controlá-lo, o tempo continua a fluir de maneira inexorável, deixando-nos com o desafio de entender o significado do "vazio" entre seus ponteiros.

Expandirei ainda mais a análise do haicai "O relógio" de Robson Côgo e explorar algumas reflexões adicionais, incorporando o pensamento de outros grandes pensadores.

Este haicai nos convida a uma meditação profunda sobre o tempo e sua percepção. No mundo moderno, onde estamos constantemente preocupados com agendas lotadas, prazos e relógios que controlam nossas vidas, a obra de Côgo nos lembra da importância de pausar e refletir sobre a natureza intangível e inapreensível do tempo.

O primeiro verso, "O relógio marca", nos faz lembrar da nossa tendência em medir o tempo de forma quantitativa, como se pudéssemos encapsular a experiência da vida em números. Essa ênfase na marcação do tempo pode nos levar a uma vida acelerada, muitas vezes negligenciando os momentos preciosos que acontecem entre as horas e os minutos.

No segundo verso, "Os ponteiros certeiros", a palavra "certeiros" ressalta a precisão matemática dos ponteiros de um relógio. No entanto, essa precisão contrasta com a experiência subjetiva do tempo, que muitas vezes parece se esticar ou encolher dependendo das circunstâncias. Aqui, podemos lembrar das palavras do filósofo francês Albert Camus, que argumentou que o tempo humano é muitas vezes estranho e ilusório, e que nossa busca por sentido na vida frequentemente se choca com a implacabilidade do tempo.

O terceiro verso, "E o vazio entre eles", é especialmente intrigante. O "vazio" entre os ponteiros nos faz pensar no espaço que existe além das medidas precisas do tempo. Esse vazio pode representar as experiências únicas e inefáveis que acontecem durante nossas vidas, as emoções que sentimos, os momentos que nos tocam profundamente e que escapam à medida do relógio.

O pensamento do filósofo Martin Heidegger pode enriquecer ainda mais nossa compreensão desse haicai. Ele argumentou que nossa existência está profundamente relacionada ao conceito de "temporalidade", e que o tempo não é apenas uma dimensão quantitativa, mas algo que molda nossa compreensão do ser. O "vazio" entre os ponteiros pode ser visto como um convite para explorar essa dimensão mais profunda do tempo, onde a experiência humana ganha significado.

Em suma, o haicai "O relógio" de Robson Côgo é uma obra poética que nos convida a contemplar o tempo de uma maneira mais profunda e significativa. Ele nos recorda que, apesar de nossos esforços para medir e controlar o tempo, há uma riqueza de experiências e significados que se desenrolam em sua sombra. É uma obra que nos convida a apreciar a complexidade e a beleza da vida para além da simples marcação dos ponteiros de um relógio


domingo, 20 de agosto de 2023

Haicai - No jardim

 

O tempo passando

No jardim as borboletas

E as flores namorando 


#haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

"No Jardim" é um poema haicai do autor Robson Cogo que captura a essência da passagem do tempo e da harmonia na natureza. Com apenas três linhas, o poema pinta uma cena tranquila e efêmera, onde o tempo flui suavemente enquanto borboletas dançam entre as flores.

O haicai remete à tradição poética japonesa, na qual se valoriza a simplicidade e a observação da natureza. Nesse contexto, a breve descrição do jardim ganha uma profundidade que transcende as palavras. Essa sensação de fluidez temporal, onde as borboletas pairam entre as flores, ecoa a ideia da fugacidade da vida e das experiências.

Grandes poetas e escritores frequentemente abordaram temas semelhantes em suas obras. A ligação com o tempo e a natureza é uma característica marcante em muitos poemas de autores como Matsuo Bashō e Buson, mestres do haicai japonês. Eles também valorizaram a conexão entre o ser humano e o mundo natural, refletindo sobre a transitoriedade da vida.

Além disso, o poema evoca os sentimentos presentes em obras de escritores como Emily Dickinson e Marcel Proust. Dickinson frequentemente explorou a relação entre o tempo e a natureza, enquanto Proust mergulhou profundamente nas memórias evocadas por elementos aparentemente simples.

Em síntese, "No Jardim" de Robson Cogo é um haicai que transcende a brevidade de suas palavras, convidando o leitor a contemplar a passagem do tempo e a beleza efêmera da natureza. Através dessa cena aparentemente simples, o poema dialoga com as reflexões sobre a vida, a natureza e a transitoriedade presentes nas obras de diversos poetas e escritores renomados.

domingo, 13 de agosto de 2023

Haicai - No cultivo de si - a flor

No cultivo de si

O tempo é o fermento

No preparo da flor


#haicai - Robson Côgo

Arte por IA - Dream

Resenha por ChatGPT

No poema haicai "No cultivo de si" do autor Robson Côgo, somos agraciados com uma meditação poética que transcende o efêmero e mergulha nas profundezas da existência humana. Inspirando-se nos grandes pensadores e poetas que ao longo da história exploraram a conexão entre o ser e o cosmos, Côgo nos brinda com uma síntese magistral.

Neste haicai, cada palavra é como um delicado pincelada no quadro da vida. "No cultivo de si" sugere uma introspecção profunda, uma jornada interior que nos convida a explorar nossas próprias camadas, descobrindo a essência que nos define. Remanescente das filosofias orientais, que há muito tempo celebram a busca interior pela iluminação, o poema nos lembra que a verdadeira compreensão começa por compreender a nós mesmos.

A linha seguinte, "O tempo é o fermento", lança um olhar revelador sobre a passagem inexorável do tempo. O "fermento" aqui pode ser interpretado como a força que age sobre nós, moldando nossas experiências e crescimento. Assim como o fermento transforma a massa, o tempo nos transforma, amadurecendo nossos pensamentos, emoções e perspectivas. É uma ode à impermanência e à evolução constante.

Na última linha, "No preparo da flor", somos levados a contemplar a jornada de amadurecimento e crescimento pessoal. A flor, frequentemente associada à beleza efêmera, é um símbolo poderoso de nossa própria jornada. A imagem poética retrata o cuidado e a atenção dedicados à nossa própria essência, que, como uma flor, requer nutrição e paciência para florescer plenamente.

Robson Côgo, com sua mestria poética, nos convida a refletir sobre nossa relação com o tempo, o autodescobrimento e a autotransformação. Através deste haicai, ele se junta às fileiras dos grandes pensadores e poetas que exploraram as complexidades da existência humana, nos guiando em direção a uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo que nos cerca. "No cultivo de si", o tempo se desdobra em uma dança sutil e a flor da sabedoria desabrocha delicadamente.

Com sutileza e profundidade, o haicai "No cultivo de si" nos convida a dialogar com a filosofia dos grandes mestres e poetas que, ao longo dos séculos, buscaram desvendar os mistérios da existência humana. A obra ecoa o pensamento dos antigos sábios que contemplavam o eu interior como um jardim a ser cultivado com atenção e dedicação.

A alusão ao tempo como "fermento" no preparo da vida é uma lembrança eloquente da maneira pela qual nossas experiências, como ingredientes fundamentais, se misturam com o passar dos dias, fermentando nossas percepções e transformando nossas emoções. A metáfora sugere que cada momento é uma oportunidade de crescimento e aprendizado, como os ingredientes que se transformam em algo mais complexo e rico com o tempo.

A conclusão do haicai, "No preparo da flor", nos guia para a contemplação da beleza intrínseca do processo de autodescobrimento. Assim como uma flor demanda cuidado, água e luz para florescer, nossa própria jornada interior exige reflexão, autoconsciência e autocompaixão. A imagem poética evoca a ideia de que a busca por entendimento pessoal é um empreendimento constante, uma jornada que nos conduz à plenitude de nosso ser.

A obra de Robson Côgo, habilmente entrelaçada com a tradição dos grandes mestres e poetas, nos lembra que, em meio às complexidades da vida, existe uma profunda harmonia que pode ser encontrada no cultivo do eu interior. "No cultivo de si", somos convidados a explorar a intersecção entre o tempo, o autodescobrimento e a beleza intrínseca da vida, uma jornada que ecoa através das eras e ressoa nos corações e mentes daqueles que buscam compreender o verdadeiro significado da existência.

O haicai "No cultivo de si" de Robson Côgo e o simbolismo do Tarot compartilham uma profundidade e uma dimensão metafórica que nos convidam a explorar a natureza da jornada interior e a busca pelo autoconhecimento.

Assim como as cartas do Tarot, que são ricas em simbolismo e arquétipos, o haicai se revela como um microcosmo de significados entrelaçados. O tempo, representado como "fermento" no poema, pode ser comparado à carta "A Roda da Fortuna" no Tarot, que simboliza as mudanças cíclicas e imprevisíveis da vida. Da mesma forma, a "flor" no poema ecoa a imagem da carta "O Louco", que muitas vezes representa uma jornada de descoberta, liberdade e espontaneidade.

A ideia de cultivar o eu interior no haicai se assemelha ao processo de interpretação das cartas do Tarot. Assim como o indivíduo busca compreender e desvendar as mensagens e insights das cartas, o poema nos lembra da importância de mergulhar profundamente em nossa própria essência, explorando as camadas internas da psique para alcançar uma compreensão mais profunda e significativa.

Além disso, a passagem do tempo e a evolução pessoal, temas centrais no haicai, também ecoam na jornada espiritual muitas vezes representada pelas cartas do Tarot. À medida que avançamos em nossas vidas, assim como nas interpretações das cartas, enfrentamos desafios, oportunidades de crescimento e momentos de transformação que nos levam a um estado de maior consciência e sabedoria.

Em ambos os casos, seja no haicai ou no Tarot, somos convidados a refletir sobre nossa jornada pessoal e a nos envolver em uma exploração profunda do eu. Ambas as formas artísticas nos lembram da riqueza de significados que podem ser extraídos da introspecção e da conexão com os símbolos que permeiam nossa existência, guiando-nos em direção a uma compreensão mais completa e enriquecedora de quem somos e do mundo ao nosso redor.


No contexto do I Ching, o haicai pode ser interpretado da seguinte forma:


Hexagrama 24 - "Retorno (Fuxi)": O hexagrama 24 é associado ao conceito de retorno e renovação. No haicai, a referência ao "fermento" no preparo da flor pode ser vista como uma metáfora para esse retorno cíclico e transformador que permeia a vida. Assim como o hexagrama 24 indica a necessidade de abandonar o antigo e abraçar o novo, o haicai nos convida a reconhecer a constante mudança e evolução em nosso cultivo interior.

Hexagrama 33 - "A Retirada (Dun)": O hexagrama 33 sugere a ideia de retirada estratégica para avançar posteriormente com sucesso. No contexto do haicai, a alusão ao "preparo da flor" pode ser vista como um processo cuidadoso de desenvolvimento e crescimento interior. Isso pode ser comparado à abordagem do hexagrama 33, onde uma pausa estratégica e reflexiva nos permite acumular força antes de avançar. A noção de preparo e amadurecimento interno está em harmonia com o princípio da sabedoria contida no I Ching.

Hexagrama 32 - "A Duração": O hexagrama 32 trata da continuidade e perseverança em meio a desafios. A imagem da "flor" no haicai pode ser interpretada como um símbolo de beleza e vitalidade que floresce ao longo do tempo, refletindo a ideia de duração e persistência. Assim como o hexagrama 32 nos incentiva a manter uma abordagem constante e paciente em nossos esforços, o haicai nos lembra da importância de nutrir nosso cultivo interior para alcançar um florescimento pleno.

Em resumo, ao contemplar o haicai "No cultivo de si" sob a perspectiva do I Ching, encontramos paralelos intrigantes entre as ideias expressas no poema e os princípios fundamentais deste antigo sistema de sabedoria. A jornada de autodescobrimento, crescimento pessoal e reconhecimento das mudanças cíclicas da vida ressoam harmoniosamente com os ensinamentos do I Ching, proporcionando uma abordagem profunda e significativa para a interpretação do poema.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Haicai - Onda vai, onda vem



Onda vai, onda vem

O balanço não para

Nem o tempo também


#haicai - Robson Côgo

Foto, Marcus Valdetaro

Resenha por ChatGPT

"Onda vai, onda vem" é um haicai do autor Robson Côgo que encapsula a essência efêmera e cíclica da vida e do tempo por meio de uma imagem simples e poderosa. Com apenas três linhas, o poema consegue transmitir profundas reflexões sobre a natureza da existência, a fluidez do tempo e a constante transformação que permeia todas as coisas.

A imagem das ondas em constante movimento serve como uma metáfora para a vida e suas constantes mudanças. Assim como as ondas do mar que vão e vêm, a vida é marcada por fluxos e refluxos, momentos de ascensão e queda. Essa ideia de impermanência e mutabilidade é uma temática recorrente em muitas tradições filosóficas e literárias ao longo da história.

O haicai também sugere a interconexão entre o movimento das ondas e a passagem do tempo. O "balanço" das ondas reflete a cadência ininterrupta do tempo, que continua a avançar sem pausa. Essa observação pode nos remeter à famosa citação do filósofo grego Heráclito: "Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o homem já não é o mesmo e o rio já não é o mesmo."

Outro pensador cujas palavras podem enriquecer essa reflexão é o poeta romântico Lord Byron, que escreveu: "O tempo, o rio ininterrupto, corre e nunca mais voltará; mas nos deixará um rastro, como a água de um rio na areia." Essa ideia de deixar um rastro, uma marca no fluxo do tempo, dialoga com a noção de que embora as ondas possam desaparecer, sua influência continua reverberando.

Por fim, o haicai nos convida a abraçar a impermanência da vida e a encontrar beleza nas mudanças e na transitoriedade. Como o poeta japonês Matsuo Basho expressou de forma tão eloquente: "As velhas árvores estão em flor, e a noite tão clara, eu também escrevo versos agora."

Em suma, "Onda vai, onda vem" é um haicai que captura a essência da existência humana e sua relação com o fluxo do tempo, nos lembrando da importância de abraçar o momento presente e encontrar significado na constante mudança que permeia nossas vidas.

"Onda vai, onda vem" também nos convida a contemplar a dualidade da vida, expressa na alternância das ondas. Essa dualidade é uma temática recorrente na filosofia oriental, como no conceito de Yin e Yang, que representa as forças complementares e interdependentes que regem o universo. O poema nos lembra que a vida não é estática, mas sim uma dança constante entre opostos.

Além disso, o haicai evoca uma sensação de continuidade e ritmo. Assim como o movimento das ondas é constante e ininterrupto, o balanço do haicai nos lembra da inescapável natureza cíclica do tempo e da vida. Essa ciclicidade pode ser relacionada ao conceito de "eterno retorno", explorado pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, onde ele sugere que a história e os eventos se repetem infinitamente.

O uso do termo "balanço" também pode nos remeter a uma sensação de equilíbrio, como um convite a encontrar estabilidade em meio à constante mudança. Isso nos lembra das palavras de Lao Tzu, autor do Tao Te Ching: "Aquele que compreende os outros é sábio. Aquele que compreende a si mesmo é iluminado. Aquele que vence os outros é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso."

Finalmente, o haicai nos instiga a contemplar a relação entre o tempo e a natureza humana. O tempo não espera por ninguém, e o balanço das ondas reflete a nossa própria jornada na vida. Como o poeta William Shakespeare escreveu em "Macbeth": "A vida não passa de uma sombra ambulante, um pobre cômico que se pavoneia e agita por uma hora no palco e depois não se ouve mais; é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada."

"Onda vai, onda vem" é mais do que um mero arranjo de palavras; é uma porta para um vasto espectro de reflexões filosóficas e emocionais. Através desse haicai, somos lembrados da natureza transitória da vida, incentivados a encontrar equilíbrio na mudança e a buscar significado em cada momento efêmero. Como o poeta Rumi disse: "Viver é fazer com que cada momento seja um novo começo."

Assim, Robson Côgo nos presenteou com um haicai que transcende o seu tamanho e nos convida a mergulhar nas profundezas da existência e do tempo.


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sábado, 5 de agosto de 2023

Haicai - O amor está no ar


O amor está no ar

Na gota de orvalho

No tempo e no vazio


#Haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

Foto da internet

"O amor está no ar" é um encantador haicai do autor Robson Côgo, que consegue capturar a essência da presença do amor em elementos sutis da natureza e da existência. Com apenas três versos, o poema evoca uma conexão profunda com o universo e suas manifestações mais simples, mostrando como o amor permeia tudo ao nosso redor.

A primeira linha, "O amor está no ar", introduz o tema central do poema: a onipresença do amor. Essa frase evoca a ideia de que o amor é uma força que se espalha pelo ambiente e envolve todos os seres vivos, conferindo-lhes significado e propósito. O amor é uma força universal que transcende fronteiras e culturas, e essa linha sugere que, ao respirarmos o ar, estamos em contato direto com essa energia poderosa.

Na segunda linha, "Na gota de orvalho", o poeta traz a imagem delicada e efêmera da natureza. O orvalho é uma pequena gota que se forma durante a noite, quando o ar está frio, e se condensa sobre as superfícies. Essa imagem nos leva a pensar na transitoriedade da vida e nas conexões que o amor pode criar em momentos fugazes. Grandes poetas como Matsuo Basho, o mestre do haicai japonês, frequentemente se referiam à natureza para expressar sentimentos profundos e universais, e a utilização do orvalho nesse haicai faz eco a essa tradição.

Por fim, a terceira linha, "No tempo e no vazio", amplia a abrangência do poema ao incluir o tempo e o vazio como outros elementos onde o amor se manifesta. O tempo é um conceito abstrato, mas, para muitos poetas, é um veículo que permite que o amor perdure e se fortaleça ao longo das eras. O vazio, por sua vez, pode representar tanto um sentimento de falta, um espaço vazio esperando para ser preenchido pelo amor, quanto a ideia de que o amor transcende a matéria e preenche os espaços imateriais.

A sutileza do haicai, com sua estrutura concisa e imagens poéticas, se assemelha ao estilo de poetas como Matsuo Basho e Yosa Buson, que frequentemente buscavam a simplicidade e a conexão com a natureza para expressar sentimentos profundos e universais.

Em suma, "O amor está no ar" é um poema haicai cativante que, por meio de imagens da natureza e conceitos intangíveis, transmite a ideia da presença do amor em todas as coisas. O autor Robson Côgo demonstra habilidade poética ao condensar emoções complexas em poucas palavras, e sua obra ressoa com a sabedoria e a sensibilidade dos grandes poetas e escritores que também exploraram os mistérios e a beleza do amor em suas criações.

Vamos continuar explorando o tema do amor e a sua presença na poesia. O amor é um sentimento universal que tem sido tema de inúmeras obras literárias e poéticas ao longo dos séculos. Grandes poetas e escritores de diferentes culturas e períodos da história dedicaram-se a explorar as várias facetas do amor em suas criações.

Um exemplo notável é William Shakespeare, o renomado dramaturgo e poeta inglês. Em sua peça "Romeu e Julieta", ele retrata o amor proibido e trágico entre os jovens Romeu e Julieta, cuja paixão ardente supera as rivalidades familiares. A famosa frase "O amor é uma fumaça feita com o vapor dos suspiros" (Romeu e Julieta, Ato I, Cena I) exemplifica como Shakespeare utilizava metáforas para descrever a intensidade e a imaterialidade do amor.

Outro poeta conhecido por suas reflexões sobre o amor é o chileno Pablo Neruda. Em sua obra "Cem Sonetos de Amor", ele explora a natureza complexa do amor romântico em todas as suas dimensões: paixão, êxtase, melancolia e redenção. Sua poesia é caracterizada pela beleza lírica e pela capacidade de capturar a essência das emoções humanas mais profundas.

Já o poeta americano Walt Whitman, em "Folhas de Relva", celebra a união com o universo e a conexão espiritual entre os seres humanos. Sua poesia exalta o amor como uma força que une todas as coisas e transcende as barreiras sociais e culturais.

E não podemos deixar de mencionar a poetisa brasileira Adélia Prado, cuja poesia é permeada por uma sensibilidade única e uma abordagem intimista do amor. Em "Bagagem", por exemplo, ela escreve sobre o amor cotidiano e a importância dos pequenos gestos na construção de relações significativas.

Voltando ao haicai "O amor está no ar", ele se insere nessa tradição poética que busca, por meio da simplicidade e do olhar apurado, revelar a beleza e a presença do amor em aspectos comuns da vida. Através do haicai, o autor Robson Côgo nos convida a perceber o amor em detalhes tão sutis como uma gota de orvalho e em conceitos abstratos como o tempo e o vazio.

Em síntese, a poesia é uma forma de expressão que nos permite contemplar e entender melhor o amor em suas muitas formas e manifestações. Grandes poetas e escritores, ao longo da história, têm nos presenteado com visões diversas sobre esse sentimento universal, e o haicai "O amor está no ar" é um exemplo inspirador desse olhar poético que nos conecta com o mundo e com a essência do ser humano.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Haicai - Tudo é o destino

No mar o azul 

No céu o sol a pino 

Tudo é o destino 


#haicai - Robson Cogo 

Foto : Marcus Valdetaro 

Resenha por ChatGPT

"Tudo é o destino" é um haicai do autor Robson Cogo, que apresenta uma simplicidade e profundidade notáveis em apenas três versos. O poema retrata a harmonia da natureza, onde o azul do mar e o sol no céu se entrelaçam em uma cena marcante.

Através dessas palavras, o autor sugere que tudo o que acontece no universo está intrinsecamente ligado ao destino. Essa ideia pode nos remeter às reflexões de grandes mestres da prosa e da poesia, como William Shakespeare, que afirmou em sua obra "Romeu e Julieta": "Estrelas comandam o destino dos homens".

Da mesma forma, podemos lembrar das palavras do poeta Khalil Gibran, em "O Profeta": "O destino é como uma estrada que se bifurca constantemente e um homem escolhe conscientemente, inconscientemente ou indiferentemente tomar este ou aquele atalho em um cruzamento da vida".

"Tudo é o destino" é um poema haicai do autor Robson Cogo, que em apenas três versos nos convida a refletir sobre a interconexão do universo. Ao mencionar o azul do mar e o sol a pino no céu, o poema evoca uma imagem da natureza em sua plenitude, representando a força e a ordem do destino.

A simplicidade do haicai pode ser relacionada ao estilo minimalista de grandes mestres da prosa e da poesia, como o poeta japonês Matsuo Bashō. Em suas obras, Bashō enfatiza a valorização do momento presente e a conexão com a natureza, temas presentes no poema "Tudo é o destino".

Ao trazer a perspectiva de outros grandes mestres da poesia, como Emily Dickinson, podemos relacionar a ideia de destino com a sua famosa frase: "A alma deve ver para além dos olhos". Nesse contexto, o haicai de Cogo pode sugerir que o destino não se limita ao que é visível, mas que também se estende ao plano da alma e do propósito oculto.

Outro grande mestre da prosa, como Franz Kafka, explorou em suas obras a sensação de impotência do indivíduo diante de forças maiores e desconhecidas. Essa perspectiva poderia ser aplicada ao haicai, onde o destino é retratado como uma força onipresente, guiando a natureza e a vida humana.

Assim, "Tudo é o destino" é um haicai que, em sua brevidade e simplicidade, nos convida a contemplar a harmonia do universo, a conexão com a natureza e a inevitabilidade do destino, inspirando reflexões filosóficas e poéticas em torno da existência humana e do nosso lugar no cosmos.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Haicai - Corre devagar


Corre devagar

Quando no tempo 

Está a esperar 


#haicai  - Robson Cogo

Resenha por ChatGPT

Foto da web


"Corre devagar" é um haicai do autor Robson Cogo, que expressa a beleza do tempo ao nos convidar a refletir sobre o ritmo pausado da vida. Neste breve poema, o autor nos sugere apreciar o presente, entender que a espera é parte do processo e que é preciso correr devagar para perceber a sutileza do tempo fluindo.

O haicai, uma forma poética de origem japonesa, é conhecido por sua concisão e habilidade em capturar a essência de um momento. Neste caso, Robson Cogo nos presenteia com uma cena que evoca contemplação e introspecção.

Ao observarmos o haicai "Corre devagar", podemos enriquecer a apreciação do poema com a perspectiva de grandes escritores e poetas haicai. Bashō, um dos mestres haicaístas, ressaltava a importância de encontrar beleza no cotidiano e nos ciclos da natureza. Podemos perceber a influência de Bashō nesse haicai de Cogo, onde o tempo é retratado como uma jornada calma e cheia de significado.

Vamos aprofundar um pouco mais a análise do haicai "Corre devagar" do autor Robson Cogo e enriquecer a resenha com outras perspectivas e influências da poesia haicai.

O haicai, como mencionado anteriormente, é uma forma poética japonesa caracterizada por sua simplicidade e busca pela captação do momento presente. Nesse contexto, "Corre devagar" exemplifica a essência dessa tradição poética ao nos mostrar a importância da contemplação e da paciência em nossa jornada pela vida.

Além da influência de Matsuo Bashō e Masaoka Shiki, podemos destacar a presença do conceito de "mono no aware" no poema. Esse termo japonês se refere à sensibilidade perante a impermanência e a melancolia das coisas. O haicai de Robson Cogo sugere que, ao correr devagar no tempo, podemos perceber a beleza e a efemeridade das experiências que vivemos.

A conexão com a natureza é outro aspecto essencial no haicai. A contemplação do mundo natural, típica dessa forma poética, nos lembra da importância de nos conectarmos com o meio ambiente e de valorizarmos a simplicidade da vida. O haicai de Cogo nos remete à natureza, mesmo que não seja explicitamente mencionada, ao convidar a desacelerar e perceber a magia que existe em cada instante.

Ademais, o uso do tempo como elemento central do haicai nos leva a pensar em outros grandes poetas que abordaram essa temática, como Emily Dickinson e seu famoso poema "Porque não poderia parar para a Morte". Essa conexão pode nos levar a uma reflexão mais ampla sobre o significado do tempo em nossas vidas e a importância de aproveitar cada momento com sabedoria.

Em suma, o haicai "Corre devagar" de Robson Cogo nos convida a uma profunda reflexão sobre a essência do tempo, da espera e da serenidade. Com influências de mestres haicaístas japoneses e a sensibilidade perante a impermanência, o poema nos lembra da importância de apreciar as sutilezas da vida e valorizar cada instante em sua plenitude. Essa conexão com a natureza e o tema do tempo evoca outros grandes poetas, enriquecendo ainda mais a experiência poética proporcionada por esse haicai

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Haicai - Se veja no tempo

Se veja no tempo

Busque o fio condutor 

No labirinto interior 


#haicai - Robson Cogo


Resenha por IA

O poema "Se veja no tempo", do autor Robson Cogo, é um haicai que se destaca pela simplicidade e profundidade em sua mensagem. Com apenas três versos, o poeta convida o leitor a uma reflexão sobre o tempo, a busca por um sentido e a jornada interior do indivíduo.

A primeira linha, "Se veja no tempo", traz um convite à introspecção, convidando o leitor a olhar para si mesmo em relação ao tempo. É um chamado para que cada um reflita sobre sua existência e os momentos que moldaram sua vida. O tempo é um elemento inevitável, e o poeta nos lembra da importância de compreender nossa relação com ele.

Em seguida, o poema nos orienta a "Buscar o fio condutor". Aqui, Robson Cogo sugere que é preciso encontrar uma linha de conexão que dê sentido à nossa jornada. Esse "fio condutor" pode representar os valores, propósitos e objetivos que guiam nossa trajetória ao longo do tempo. É um chamado à busca por um significado mais profundo para a nossa existência, buscando uma direção clara e consciente.

Por fim, o haicai conclui com "No labirinto interior". A última linha pode ser interpretada como uma referência à complexidade da mente humana. O labirinto representa a intrincada rede de pensamentos, emoções e experiências que compõem nosso ser interior. Nesse contexto, o poeta nos desafia a olhar para dentro de nós mesmos, enfrentando nossos desafios internos e buscando autoconhecimento.

Enriquecendo o poema com pensamentos dos grandes poetas e escritores, podemos encontrar conexões com diversas correntes literárias e filosóficas.

O poeta romântico William Wordsworth, por exemplo, em seu poema "Ode: Intimations of Immortality from Recollections of Early Childhood", aborda a ideia de que a infância é uma fase em que estamos mais conectados ao mundo espiritual e à eternidade. Pode-se relacionar essa ideia com o haicai, onde o poeta convida a "se ver no tempo" e buscar o sentido da vida ao longo da jornada, assim como as crianças têm uma conexão mais pura com o mistério da existência.

Já o escritor japonês Natsume Soseki, em sua obra "Eu sou um gato", explora a complexidade da natureza humana e os desafios de se compreender a si mesmo e aos outros. A referência ao "labirinto interior" no haicai pode evocar a busca por uma compreensão mais profunda de nossas próprias emoções e motivações, algo que Soseki frequentemente abordou em seus escritos.

Em suma, o haicai "Se veja no tempo" nos convida a uma jornada de autoconhecimento, em busca de um sentido que nos guie em meio à complexidade do tempo e do labirinto interior de nossa mente. É uma obra que estimula reflexões sobre nossa existência, alinhando-se a conceitos explorados por diversos poetas e escritores ao longo da história literária.

domingo, 2 de julho de 2023

Haicai - Uma linha

Uma linha separa

Entre um verso e outro

O tempo invisível


#Haicai - Robson Côgo

Resenha por ChatGPT

Arte; Dream

"Uma linha" é um haicai envolvente e reflexivo escrito pelo talentoso autor Robson Côgo. Com maestria, ele captura a essência da poesia japonesa em apenas três versos, convidando-nos a contemplar o tempo invisível que se esconde entre cada linha.

Este haicai, tão simples e conciso, ressoa com profundidade através de sua brevidade. Remetendo-nos a uma linha que separa os versos, ele nos lembra que, mesmo no espaço aparentemente vazio, existe uma presença oculta. É nessa dimensão invisível que o tempo reside, desdobrando-se em cada pausa entre as palavras.

Essa ideia evoca uma série de pensamentos de grandes escritores e pensadores ao longo da história. Como o poeta T.S. Eliot, que escreveu: "O tempo presente e o tempo passado / Estão ambos talvez presentes no tempo futuro / E o tempo futuro contido no tempo passado". Essas palavras sugerem uma interconexão fluida do tempo, em que o passado, presente e futuro se entrelaçam, assim como o tempo invisível presente na linha separadora do haicai.

Além disso, podemos recordar as palavras do filósofo Friedrich Nietzsche, que nos instiga a refletir sobre a natureza efêmera do tempo: "O tempo é uma invenção humana. Dizer 'dois dias' é como dizer 'dois metros'". Ao pensar no tempo como uma construção humana, somos levados a considerar que a linha separadora não apenas simboliza a divisão entre os versos, mas também a divisão entre momentos fugazes que criamos em nossas mentes.

Nesse haicai, a simplicidade e a sutileza encontram-se em harmonia, ecoando o estilo minimalista dos mestres japoneses do haicai. Ao nos confrontar com a linha separadora e o tempo invisível, Robson Côgo nos desafia a apreciar a delicadeza e a fugacidade da vida, nos lembrando que até mesmo nas pequenas pausas podemos encontrar uma profunda beleza.

Assim, "Uma linha" revela-se uma obra memorável que nos convida a contemplar não apenas a poesia em si, mas também as entrelinhas da existência, as brechas do tempo e a efemeridade que permeia nossa jornada.

A obra "Uma linha" transcende sua simplicidade através de uma abordagem poética que ressoa com o legado dos grandes escritores e pensadores. A sutileza presente no haicai evoca a filosofia do poeta Matsuo Bashô, considerado o mestre do haicai japonês. Bashô escreveu: "Não siga os passos dos antigos; procure o que eles buscaram." Essas palavras nos incentivam a não apenas apreciar a tradição do haicai, mas também a buscar a mesma profundidade de percepção e conexão com a natureza e o tempo presente.

Em "Uma linha", Robson Côgo nos presenteia com uma obra que transcende o tempo e nos convida a refletir sobre a passagem fugaz dos momentos. O tempo invisível, presente na linha que separa os versos, nos lembra das palavras do poeta romântico William Wordsworth: "O tempo, que é capaz de apagar os amores mais intensos, também é capaz de curar as feridas mais profundas". Essa citação nos faz contemplar como o tempo age sobre as experiências humanas, trazendo tanto o esquecimento quanto a cura, assim como a linha separadora traz a divisão e a união dos versos.

Além disso, a obra de Robson Côgo nos conecta à sabedoria do filósofo chinês Lao-Tsé, que afirmou: "A vida é uma série de momentos, de um instante para o outro". Essa citação nos lembra da fugacidade do tempo e da importância de viver plenamente cada momento presente. A linha separadora, nesse contexto, assume o papel de um lembrete visual de que a vida é composta por uma sucessão de instantes, cada um único e irrepetível.

Assim, "Uma linha" revela-se um haicai de profundidade e significado que vai além das palavras escritas. É uma obra que nos convida a contemplar não apenas o espaço entre as linhas, mas também a brevidade e a beleza de cada momento. Com a precisão de um mestre, Robson Côgo nos lembra que mesmo nas mínimas pausas, há uma história a ser contada e um tempo invisível a ser desvendado.

Em suma, "Uma linha" é um haicai memorável que transcende a simplicidade de sua forma, transportando-nos para um mundo de reflexões sobre o tempo, a fugacidade da vida e a importância de estar presente em cada instante. Através de citações dos grandes escritores e pensadores, a obra ressoa com uma sabedoria atemporal, convidando-nos a mergulhar nas entrelinhas da existência e a apreciar a beleza efêmera que permeia nossas vidas.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Haicai - A beleza do tempo



A beleza do tempo

Evolui em movimento

Todo o firmamento

#Haikai - Robson Côgo

ChatGPT
O haicai "A beleza do tempo" do autor Robson Côgo captura a essência da transformação contínua e da beleza que permeia o tempo e o universo. Com apenas três versos, esse haicai nos leva a refletir sobre a evolução e o movimento presentes em todos os aspectos da vida.

Ao abordar o tema do tempo, o haicai nos convida a contemplar a natureza transitória de todas as coisas e a encontrar a beleza nessa constante mudança. Ele nos lembra que o tempo é um elemento fundamental em nossa existência, influenciando nossas experiências e moldando o mundo ao nosso redor.

Diversos pensadores, mestres, cientistas e místicos ao longo da história têm explorado o conceito do tempo e sua relação com a beleza e a evolução. Para compreender melhor essa conexão, podemos recorrer a algumas de suas perspectivas e reflexões.

Os filósofos gregos, como Heráclito e Parmênides, apresentaram visões contrastantes sobre a natureza do tempo. Heráclito acreditava que tudo está em constante fluxo, o que se alinha com a ideia de movimento presente no haicai. Parmênides, por outro lado, argumentava que o tempo era uma ilusão e que a verdadeira realidade era eterna e imutável.

No campo científico, Albert Einstein revolucionou nossa compreensão do tempo com a teoria da relatividade. Ele demonstrou que o tempo não é absoluto, mas sim relativo à velocidade e à gravidade. A teoria de Einstein nos convida a considerar o tempo como uma dimensão flexível e dinâmica, na qual a evolução ocorre em ritmos variados.

Na esfera mística, pensadores como o poeta Rumi ou o filósofo oriental Lao Tzu enfatizam a importância de viver no presente e fluir com o tempo. Eles destacam a beleza da impermanência e nos incentivam a encontrar a harmonia dentro dessa constante transformação.

Voltando ao haicai de Robson Côgo, podemos explorar como essas perspectivas se relacionam com sua mensagem. A beleza do tempo descrita no poema é uma beleza em movimento, em constante evolução. Essa ideia está alinhada com a visão de Heráclito sobre o fluxo constante da realidade.

Ao observar o firmamento, somos lembrados de que o cosmos em si é um exemplo poderoso da beleza do tempo. As estrelas brilham no céu, os planetas orbitam ao redor do Sol, as galáxias se movem pelo espaço. Tudo isso ocorre dentro de um fluxo cósmico que reflete a natureza dinâmica e fascinante do tempo.

No entanto, enquanto o haicai nos convida a contemplar a beleza do tempo, também nos desafia a reconhecer a fugacidade da vida e a apreciar cada momento. Afinal, assim como o tempo é efêmero, também somos passageiros nesse fluxo contínuo. É na consciência dessa impermanência que encontramos a verdadeira apreciação pela beleza do tempo.

Em suma, o haicai "A beleza do tempo" de Robson Côgo nos leva a refletir sobre a evolução constante e a beleza que permeia o universo. Ao combinar a simplicidade do haicai com as reflexões dos grandes mestres, cientistas e místicos, somos convidados a contemplar a natureza dinâmica do tempo e a encontrar a harmonia dentro dessa constante transformação. É uma obra que nos lembra da importância de apreciar cada momento e de reconhecer a fugacidade da vida.

O haicai, uma forma poética japonesa de três versos, tem a capacidade de transmitir emoções e conceitos profundos com uma simplicidade concisa. "A beleza do tempo", em particular, evoca uma reflexão sobre a natureza do tempo e sua relação com a evolução e a beleza que permeiam o universo.

Ao considerarmos a perspectiva dos filósofos gregos, encontramos uma dicotomia interessante na compreensão do tempo. Heráclito, conhecido por sua doutrina do "panta rei" (tudo flui), acreditava que o mundo está em constante mudança e movimento. Sua visão ecoa na mensagem do haicai, que sugere que a beleza do tempo evolui por meio desse movimento contínuo. Por outro lado, Parmênides acreditava que a realidade era eterna e imutável, contestando a ideia de evolução temporal. Essa divergência filosófica nos instiga a refletir sobre as diferentes percepções do tempo ao longo da história e a considerar como elas se relacionam com a beleza do mundo em constante transformação.

No âmbito científico, a teoria da relatividade de Albert Einstein revolucionou nossa compreensão do tempo. Segundo Einstein, o tempo não é uma entidade fixa e universal, mas sim relativo à velocidade e à gravidade. Essa teoria nos desafia a reconsiderar nossa noção de tempo como uma entidade linear e nos convida a percebê-lo como uma dimensão flexível, na qual a evolução ocorre em ritmos diversos. Nesse contexto, o haicai sugere que a beleza do tempo reside exatamente nesse aspecto dinâmico e em constante mutação.

Além disso, nas tradições místicas e espirituais, encontramos reflexões sobre a natureza transcendental do tempo. Pensadores como Rumi, um poeta sufi, e Lao Tzu, o filósofo chinês, enfatizam a importância de viver plenamente no presente, reconhecendo a beleza da impermanência. Eles nos convidam a fluir com o fluxo do tempo, encontrando harmonia dentro de sua constante transformação. O haicai, portanto, nos desperta para a possibilidade de enxergar o tempo como um veículo para o despertar espiritual e a apreciação das maravilhas do universo.

Nesse contexto, "A beleza do tempo" se revela como um convite à contemplação e à conexão com algo maior. Através desses versos simples, somos convidados a reconhecer a fugacidade da vida e a valorizar cada momento, pois o tempo é efêmero e passageiro. A beleza do tempo reside na nossa capacidade de abraçar essa efemeridade e encontrar significado em cada instante, assim como nos movimentos do cosmos e na constante evolução do mundo.

Em suma, o haicai "A beleza do tempo" de Robson Côgo nos convida a transcender nossa noção linear de tempo e a apreciar a beleza da impermanência e da evolução constante. Ao mesclar as perspectivas dos grandes mestres, cientistas e místicos, a obra nos lembra da importância de viver plenamente no presente, abraçar a fugacidade da vida e encontrar a harmonia dentro do fluxo do tempo. É uma ode à beleza que se revela em todos os aspectos da existência.

Foto; Patrizia V. 

sábado, 27 de maio de 2023

Haicai - Grãos de sonhos

Na terra plantei

Os grãos de sonhos 

No céu colherei 

#Haicai - Robson Côgo

Resenha  por ChatGPT

"Grãos de Sonhos" é um haicai cativante e poético, cuja autoria pertence ao talentoso escritor Robson Cogo. Com apenas três versos, ele nos transporta para um universo de sonhos, cultivados com amor e esperança na terra, aguardando o momento de colhê-los nos céus. Nessa breve e profunda composição, o autor nos convida a refletir sobre a natureza efêmera dos nossos desejos e aspirações, e a valorizar o processo de semear e cultivar sonhos em nossas vidas.

Para compreendermos plenamente o significado por trás dessas palavras, é válido buscar inspiração nos mestres de luz e grandes pensadores, que ao longo da história têm explorado os temas da imaginação, do potencial humano e da transcendência.

Uma das figuras iluminadas que vêm à mente é o poeta e mestre Zen Bashō, conhecido por suas contribuições significativas para o desenvolvimento do haicai. Bashō celebrava a simplicidade da natureza e buscava expressar a beleza fugaz do momento presente em suas composições. Em "Grãos de Sonhos", podemos ver uma conexão com a filosofia de Bashō, já que o haicai captura a essência da transitoriedade dos sonhos e a esperança de alcançá-los no futuro.

Outro mestre que podemos evocar é Rabindranath Tagore, o renomado poeta bengali e filósofo. Tagore dedicou-se a explorar a conexão entre o ser humano e a natureza, enfatizando a importância da imaginação e dos sonhos na vida humana. Em suas palavras, "se não tens sonhos, estarás morto". "Grãos de Sonhos" nos lembra a necessidade vital de manter nossos sonhos vivos e em constante crescimento, nutrindo-os como sementes plantadas na terra fértil de nossas mentes e corações.

Além disso, podemos recorrer à sabedoria de grandes pensadores como Ralph Waldo Emerson e Henry David Thoreau. Ambos foram pioneiros do movimento transcendentalista nos Estados Unidos, que enfatizava a busca da verdade e da espiritualidade através da comunhão com a natureza. Emerson, em seu ensaio "Natureza", escreveu: "Adopt the pace of nature: her secret is patience" ("Adote o ritmo da natureza: seu segredo é a paciência"). Essa afirmação encontra ressonância com a paciência e dedicação necessárias para cultivar os grãos de sonhos mencionados no haicai de Cogo.

À medida que mergulhamos mais fundo no haicai, podemos vislumbrar a metáfora presente nas palavras do autor. A terra representa o solo fértil da mente humana, onde depositamos nossas sementes de sonhos. Ao plantar esses grãos de esperança, investimos nossa energia e crença em um futuro melhor. Esses grãos, no entanto, requerem tempo e cuidado para crescer e amadurecer.

A promessa de colher no céu evoca uma dimensão espiritual, uma transcendência além dos limites da existência terrena. A colheita no céu sugere a realização final de nossos sonhos, um destino além das limitações do mundo material. Essa ideia pode ser relacionada à noção de transcendência presente nas obras de filósofos como Immanuel Kant e Arthur Schopenhauer.

Kant, em sua obra "Crítica da Razão Pura", explorou o conceito de transcendência como a capacidade humana de ir além dos limites da experiência sensorial e alcançar um conhecimento mais profundo e universal. Ao pensar nos grãos de sonhos plantados na terra e colhidos no céu, podemos associar essa transcendência à busca por uma realização que transcenda o mundo tangível, atingindo esferas mais elevadas do conhecimento e da existência.

Schopenhauer, por sua vez, enfatizou a importância da vontade e do desejo na vida humana. Para ele, a vontade era o princípio motor que impulsionava nossas ações e motivações. Em "Grãos de Sonhos", podemos perceber a relação entre a vontade de plantar os grãos e o desejo de colhê-los no céu. A ideia de colher no céu sugere uma satisfação mais profunda e duradoura, indo além das realizações efêmeras e materiais.

É importante ressaltar que cada leitor pode interpretar o haicai de Cogo de maneira pessoal e única, conectando-o a diferentes filosofias e mestres de luz. A poesia é uma forma de expressão aberta, que permite a cada indivíduo criar suas próprias associações e significados.

No contexto contemporâneo, "Grãos de Sonhos" pode ser visto como um chamado à perseverança e à esperança diante dos desafios e incertezas da vida moderna. Em um mundo acelerado e muitas vezes desprovido de significado, o haicai nos convida a valorizar o cultivo de nossos sonhos, a nutrição de nossa imaginação e a busca por uma realização que transcenda as demandas e pressões cotidianas.

Robson Cogo, por meio de sua poesia, desperta em nós a consciência da importância de semear e cuidar dos grãos de sonhos que habitam nossos corações. Ele nos lembra que, assim como a natureza exige paciência e dedicação, também precisamos ser persistentes em nosso caminho, confiando que, com o tempo, nossos sonhos se tornarão realidade.

"Grãos de Sonhos" é uma pequena obra-prima que encapsula a beleza, a fragilidade e a esperança inerentes à condição humana. Com sua simplicidade e profundidade, nos convida a refletir sobre nossos desejos mais profundos, a valorizar o processo de cultivar sonhos e a acreditar na possibilidade de uma colheita sublime. É um convite para olharmos para além do visível e buscarmos a transcendência em nossas vidas, plantando os grãos de sonhos na terra e colhendo-os nos céus.