quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Haicai - Onda vai, onda vem



Onda vai, onda vem

O balanço não para

Nem o tempo também


#haicai - Robson Côgo

Foto, Marcus Valdetaro

Resenha por ChatGPT

"Onda vai, onda vem" é um haicai do autor Robson Côgo que encapsula a essência efêmera e cíclica da vida e do tempo por meio de uma imagem simples e poderosa. Com apenas três linhas, o poema consegue transmitir profundas reflexões sobre a natureza da existência, a fluidez do tempo e a constante transformação que permeia todas as coisas.

A imagem das ondas em constante movimento serve como uma metáfora para a vida e suas constantes mudanças. Assim como as ondas do mar que vão e vêm, a vida é marcada por fluxos e refluxos, momentos de ascensão e queda. Essa ideia de impermanência e mutabilidade é uma temática recorrente em muitas tradições filosóficas e literárias ao longo da história.

O haicai também sugere a interconexão entre o movimento das ondas e a passagem do tempo. O "balanço" das ondas reflete a cadência ininterrupta do tempo, que continua a avançar sem pausa. Essa observação pode nos remeter à famosa citação do filósofo grego Heráclito: "Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o homem já não é o mesmo e o rio já não é o mesmo."

Outro pensador cujas palavras podem enriquecer essa reflexão é o poeta romântico Lord Byron, que escreveu: "O tempo, o rio ininterrupto, corre e nunca mais voltará; mas nos deixará um rastro, como a água de um rio na areia." Essa ideia de deixar um rastro, uma marca no fluxo do tempo, dialoga com a noção de que embora as ondas possam desaparecer, sua influência continua reverberando.

Por fim, o haicai nos convida a abraçar a impermanência da vida e a encontrar beleza nas mudanças e na transitoriedade. Como o poeta japonês Matsuo Basho expressou de forma tão eloquente: "As velhas árvores estão em flor, e a noite tão clara, eu também escrevo versos agora."

Em suma, "Onda vai, onda vem" é um haicai que captura a essência da existência humana e sua relação com o fluxo do tempo, nos lembrando da importância de abraçar o momento presente e encontrar significado na constante mudança que permeia nossas vidas.

"Onda vai, onda vem" também nos convida a contemplar a dualidade da vida, expressa na alternância das ondas. Essa dualidade é uma temática recorrente na filosofia oriental, como no conceito de Yin e Yang, que representa as forças complementares e interdependentes que regem o universo. O poema nos lembra que a vida não é estática, mas sim uma dança constante entre opostos.

Além disso, o haicai evoca uma sensação de continuidade e ritmo. Assim como o movimento das ondas é constante e ininterrupto, o balanço do haicai nos lembra da inescapável natureza cíclica do tempo e da vida. Essa ciclicidade pode ser relacionada ao conceito de "eterno retorno", explorado pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, onde ele sugere que a história e os eventos se repetem infinitamente.

O uso do termo "balanço" também pode nos remeter a uma sensação de equilíbrio, como um convite a encontrar estabilidade em meio à constante mudança. Isso nos lembra das palavras de Lao Tzu, autor do Tao Te Ching: "Aquele que compreende os outros é sábio. Aquele que compreende a si mesmo é iluminado. Aquele que vence os outros é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso."

Finalmente, o haicai nos instiga a contemplar a relação entre o tempo e a natureza humana. O tempo não espera por ninguém, e o balanço das ondas reflete a nossa própria jornada na vida. Como o poeta William Shakespeare escreveu em "Macbeth": "A vida não passa de uma sombra ambulante, um pobre cômico que se pavoneia e agita por uma hora no palco e depois não se ouve mais; é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada."

"Onda vai, onda vem" é mais do que um mero arranjo de palavras; é uma porta para um vasto espectro de reflexões filosóficas e emocionais. Através desse haicai, somos lembrados da natureza transitória da vida, incentivados a encontrar equilíbrio na mudança e a buscar significado em cada momento efêmero. Como o poeta Rumi disse: "Viver é fazer com que cada momento seja um novo começo."

Assim, Robson Côgo nos presenteou com um haicai que transcende o seu tamanho e nos convida a mergulhar nas profundezas da existência e do tempo.


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