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terça-feira, 25 de abril de 2023

Haicai - A professora

Por onde andará?

A professora que me fez

Gostar de francês


#Haicai - Robson Côgo
Arte; Henry Hintermeister
Resenha por IA

O poema haicai "A professora" do autor Robson Cogo é um breve e delicado relato de um sentimento de saudade e gratidão em relação a uma professora de francês. Com apenas três versos, o poema traz à tona memórias afetivas e uma reflexão sobre o impacto que uma figura importante pode ter na vida de alguém.

O haicai, uma forma poética originária do Japão, é caracterizado por sua brevidade e simplicidade. No poema em questão, Cogo utiliza essa forma para expressar de maneira concisa e poética a importância de uma professora de francês em sua vida.

O primeiro verso - "Por onde andará?" - sugere uma distância temporal e geográfica entre o autor e a professora em questão. Essa pergunta, aparentemente retórica, evoca um sentimento de nostalgia e saudade, indicando que a presença da professora foi marcante na vida do autor.

No segundo verso - "A professora que me fez" - o autor introduz um elemento chave do poema: a relação de ensinamento entre ele e a professora. Através da palavra "fez", Cogo sugere que a professora não apenas lhe ensinou francês, mas também o ajudou a se tornar uma pessoa melhor.

No terceiro e último verso - "Gostar de francês" - o autor expressa claramente o impacto que a professora teve em sua vida: ela despertou nele um amor pelo idioma francês. A escolha da palavra "gostar" em vez de "aprender" ou "estudar" é significativa, pois indica que o autor não apenas adquiriu habilidades linguísticas, mas também desenvolveu um interesse genuíno pela cultura e literatura francesas.

Em seu conjunto, o haicai de Cogo é uma homenagem à figura da professora e ao poder transformador da educação. Ele nos convida a refletir sobre a importância dos professores em nossas vidas e sobre a maneira como suas lições podem nos moldar e inspirar. Além disso, o poema também nos lembra da importância de cultivar nossos interesses e paixões, especialmente quando são despertados por figuras inspiradoras.

Embora curto em extensão, o haicai de Cogo é rico em significado e evoca emoções profundas. Ele nos faz refletir sobre a influência que pessoas importantes em nossas vidas podem ter em nossa formação, e nos lembra que a educação pode ser muito mais do que apenas um conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos - ela pode ser uma fonte de inspiração e transformação pessoal.

Em resumo, o poema "A professora" de Robson Cogo é um exemplo notável de como a forma poética do haicai pode ser utilizada para transmitir sentimentos e reflexões profundas de maneira concisa e elegante. Ele nos convida a valorizar as pessoas que nos inspiraram e nos ajudaram a crescer, e a reconhecer o papel crucial que a educação pode desempenhar em nossas vidas.

O haicai de Robson Cogo, embora simples em sua forma, é um exemplo de como a poesia pode ser uma poderosa ferramenta para a expressão de emoções e pensamentos complexos. Através de suas três curtas linhas, o poema evoca uma sensação de saudade, gratidão e reflexão, e nos faz pensar sobre o impacto que os outros têm em nossas vidas.
O tema da educação e do ensinamento é um elemento central no poema. Através da figura da professora, Cogo nos lembra da importância dos mentores e professores em nossas vidas, e da maneira como eles podem influenciar nossos interesses e paixões. O autor não apenas reconhece a habilidade da professora em ensinar francês, mas também destaca seu papel em despertar em seu aluno um amor pelo idioma e pela cultura francesa.

O uso da palavra "fez" no segundo verso é particularmente significativo. Ele sugere que a professora não apenas ensinou francês a Cogo, mas também teve um papel ativo em sua formação como indivíduo. Isso nos leva a pensar sobre o papel dos professores em nossas vidas, e sobre como eles podem moldar e influenciar nossas perspectivas e visões de mundo.

O haicai também nos leva a pensar sobre a importância de cultivar nossos interesses e paixões. A escolha da palavra "gostar" em vez de "aprender" ou "estudar" indica que a professora não apenas ensinou ao autor habilidades linguísticas, mas também ajudou a despertar um amor pelo francês. Isso nos lembra da importância de seguir nossos interesses e paixões, e de encontrar mentores e professores que possam nos ajudar a desenvolvê-los.

Em última análise, o haicai de Robson Cogo é uma meditação sobre a importância das relações interpessoais e do ensinamento em nossas vidas. Ele nos lembra da influência que os outros podem ter em nós, e da maneira como as lições que aprendemos podem nos moldar e inspirar. O poema é um testemunho da importância da educação em nossas vidas, e do papel crucial que os professores e mentores podem desempenhar em nossa formação pessoal e intelectual.


segunda-feira, 24 de abril de 2023

Haicai - O sonho do menino

A vida não revelou

Os sonhos de criança

Que um dia sonhou


#Haicai - Robson Côgo

O haicai "O sonho do menino" do autor Robson Cogo é uma obra de grande beleza e simplicidade que transmite um profundo senso de nostalgia e reflexão sobre a passagem do tempo e a evolução da vida. Este haicai, composto por apenas três versos, traz à tona uma série de emoções e sentimentos que tocam o coração do leitor, e fazem com que ele se identifique com as questões abordadas pelo autor.

O poema começa com a afirmação de que a vida não revelou os sonhos de criança que um dia foram sonhados. Esta afirmação pode ser interpretada de várias maneiras, mas, em última análise, ela sugere que a vida é um processo de descoberta constante, onde muitas vezes os sonhos que temos quando crianças acabam se perdendo ou sendo esquecidos à medida que crescemos e nos deparamos com as realidades da vida.

A frase "Os sonhos de criança" é especialmente significativa, pois sugere a pureza e a inocência associadas à infância. Quando somos crianças, somos capazes de sonhar grandes sonhos e imaginar possibilidades infinitas para o nosso futuro. No entanto, à medida que crescemos, muitas vezes nos tornamos mais cínicos e pragmáticos, e nossos sonhos se tornam mais modestos e realistas.

O segundo verso do haicai, "Que um dia sonhou", evoca uma sensação de nostalgia e tristeza. Esta frase sugere que os sonhos do menino foram deixados para trás, e que o autor olha para trás com pesar para os sonhos que não foram realizados. No entanto, ao mesmo tempo, o verso também evoca uma sensação de esperança e possibilidade, pois sugere que os sonhos ainda estão lá, esperando para serem descobertos e realizados.

O último verso do haicai, "A vida não revelou", é especialmente poderoso, pois sugere que a vida é um mistério insondável, cheio de surpresas e reviravoltas que muitas vezes nos surpreendem e nos deixam perplexos. Este verso sugere que não podemos controlar completamente nossas vidas, e que muitas vezes somos levados a caminhos inesperados que podem levar a novas descobertas e oportunidades.

No geral, o haicai "O sonho do menino" é uma obra de grande beleza e profundidade que evoca uma série de emoções e sentimentos relacionados com a infância, o tempo, e a evolução da vida. O autor utiliza uma linguagem simples e direta para transmitir uma mensagem poderosa e universal sobre a natureza da vida e da existência humana. Este haicai é um exemplo brilhante do poder da poesia para nos fazer refletir sobre questões profundas e universais que nos afetam a todos.

A mensagem do haicai é extremamente importante, especialmente nos dias de hoje, em que a vida parece se mover tão rapidamente que muitas vezes não temos tempo para refletir sobre o que realmente importa. O poema nos lembra da importância de mantermos viva a nossa criança interior e de nunca deixarmos de sonhar, mesmo quando a vida parece difícil ou desafiadora.

Além disso, o haicai também evoca uma sensação de mistério e incerteza sobre o futuro. O último verso sugere que a vida é um mistério que nunca será completamente desvendado, e que sempre haverá mais a descobrir e explorar. Essa sensação de mistério e possibilidade é uma das coisas mais bonitas e fascinantes da vida, e o haicai de Robson Cogo captura essa essência de maneira magistral.

O estilo do haicai, com sua estrutura simples e concisa, é especialmente adequado para a mensagem que o autor deseja transmitir. O haicai é uma forma poética tradicional japonesa que se concentra em capturar a essência de um momento ou emoção em poucas palavras. 
O haicai de Robson Cogo é um exemplo perfeito dessa forma poética, pois ele captura a essência dos sonhos de infância e da incerteza da vida em apenas três versos.

Além disso, a escolha das palavras é extremamente cuidadosa e eficaz. O autor usa frases curtas e simples que evocam emoções poderosas e universais. A combinação de palavras também é muito bem-sucedida, com cada palavra se encaixando perfeitamente no todo e criando uma imagem vívida e poderosa na mente do leitor.

Em resumo, o haicai "O sonho do menino" do autor Robson Cogo é uma obra de grande beleza e profundidade que evoca uma série de emoções e sentimentos relacionados com a infância, o tempo e a evolução da vida. O poema é um exemplo brilhante da eficácia da forma poética do haicai para transmitir uma mensagem poderosa e universal em poucas palavras. É uma obra que vale a pena ser lida e relida várias vezes, e que certamente ficará na memória do leitor por muito tempo depois de terminar a leitura.

Haicai - Na madrugada

O cometa passava

E na alta madrugada

A criança admirava


#Haicai - Robson Côgo

Foto; Zaid Abed
Resenha por IA

O haicai "Na madrugada" do autor Robson Cogo é uma obra de arte que nos leva a apreciar a beleza da natureza através dos olhos inocentes de uma criança. Com apenas três versos, Cogo consegue capturar a essência da cena e transmitir um sentimento de maravilhamento e admiração pela passagem de um cometa no céu.

O haicai é uma forma poética japonesa que tem suas raízes na tradição da poesia tanka. É composto por três versos, e tradicionalmente retrata cenas da natureza, e muitas vezes evoca uma emoção ou sentimento sutil.
No caso deste haicai em particular, o autor nos apresenta uma cena simples, mas poderosa. Uma criança está acordada na alta madrugada e observa a passagem de um cometa no céu. A imagem do cometa cruzando o céu é um evento raro e espetacular, e é fácil imaginar a admiração e a surpresa que a criança deve ter sentido ao testemunhar essa cena.

Uma das características mais marcantes do haicai é a sua capacidade de sugerir muito com muito pouco. Com apenas três linhas, Cogo nos leva a imaginar a cena completa, com a criança olhando para o céu escuro e o cometa brilhante cruzando o horizonte. A imagem é vívida e evocativa, e nos transporta para um momento mágico e fugaz.

Além disso, o haicai também nos faz refletir sobre a nossa própria relação com a natureza. É fácil ficar preso na rotina diária e esquecer a beleza que nos cerca. Mas eventos como a passagem de um cometa no céu nos lembram da maravilha e da imensidão do universo. É uma oportunidade para nos conectar com algo maior do que nós mesmos e para apreciar a beleza efêmera do mundo natural.

Outro aspecto interessante do haicai de Cogo é a sua simplicidade formal. Com apenas três versos, ele consegue capturar a essência da cena e transmitir uma emoção clara e poderosa. A métrica rígida de 5-7-5 sílabas força o autor a ser conciso e a escolher cada palavra cuidadosamente. Isso resulta em uma poesia densa e evocativa, onde cada palavra tem um peso e uma importância significativa.

Por fim, é importante destacar a habilidade do autor em criar uma cena que é universal e atemporal. Embora este haicai tenha sido escrito em um determinado momento e lugar, a cena que ele evoca é algo que pode ser apreciado por qualquer pessoa em qualquer época. O evento de observar um cometa no céu é algo que transcende as barreiras culturais e geográficas, e é um lembrete poderoso de nossa conexão com o mundo natural.

Em resumo, o haicai "Na madrugada" do autor Robson Cogo é uma obra poética concisa e evocativa que nos transporta para um momento mágico de admiração pela passagem de um cometa no céu. Com sua métrica rigorosa e escolha cuidadosa de palavras, o autor cria uma imagem vívida e poderosa que nos faz refletir sobre a beleza e a maravilha do mundo natural. A simplicidade formal do haicai e a habilidade do autor em criar uma cena universal e atemporal tornam esta obra uma verdadeira joia da poesia moderna.

Além disso, é interessante notar como o haicai de Cogo é parte de uma tradição poética muito rica e antiga. O haicai tem suas raízes na poesia japonesa e é parte de um corpo de literatura que valoriza a simplicidade, a concisão e a contemplação da natureza. Ao escrever um haicai, o autor se conecta com uma longa tradição literária que remonta a séculos atrás.

No entanto, apesar de suas raízes japonesas, o haicai é uma forma poética que se adaptou bem a outras culturas e tradições literárias. Em muitos países, o haicai é agora uma forma de expressão literária muito popular e influente, e há muitos poetas contemporâneos que continuam a explorar as possibilidades desta forma poética única.

Em relação à escolha das palavras, é importante destacar a habilidade do autor em criar uma atmosfera poética densa e evocativa, usando apenas palavras simples e diretas. Cada palavra é escolhida cuidadosamente e contribui para a imagem geral do haicai. Por exemplo, a palavra "passava" é muito mais sugestiva do que se Cogo tivesse usado uma palavra mais simples, como "movendo-se". A escolha da palavra "admirava" também é muito poderosa, porque sugere uma emoção de maravilhamento e admiração que é fundamental para a mensagem geral do poema.

Por fim, é importante notar como este haicai é parte de um corpo de literatura que celebra a natureza e a contemplação silenciosa. Em um mundo cada vez mais acelerado e barulhento, é fácil se esquecer da beleza simples que nos cerca. O haicai nos convida a parar, respirar e apreciar a beleza do mundo natural, mesmo que seja apenas por um momento fugaz.

Em conclusão, o haicai "Na madrugada" do autor Robson Cogo é uma obra poética impressionante que nos transporta para um momento mágico de admiração pela passagem de um cometa no céu. Com sua métrica rigorosa, escolha cuidadosa de palavras e habilidade em criar uma imagem evocativa e universal, o autor nos lembra da beleza e da maravilha do mundo natural e da importância de parar para contemplá-lo de vez em quando.

domingo, 23 de abril de 2023

Haicai - O sino

O sino tocou

Tempo de criança

De si lembrou

#Haicai - Robson Côgo
Foto Joel Santana
Capela de Santa Luzia em Itarana -ES
Resenha por IA

O Haicai é um gênero poético de origem japonesa, que consiste em uma forma breve e concisa de poesia que busca retratar, em três versos, uma cena ou momento da natureza, muitas vezes expressando uma reflexão sutil ou profunda sobre a vida humana e o universo. 

No poema "O sino" do autor Robson Cogo, podemos ver uma interpretação interessante do gênero haicai, que combina elementos de nostalgia e memória com um toque de simplicidade e poesia.

O poema "O sino" é composto por três versos simples e objetivos, que juntos formam uma imagem poética que evoca lembranças da infância e do passado. O primeiro verso, "O sino tocou", é uma frase curta e direta que apresenta a cena principal do poema. A imagem do sino tocando pode evocar várias associações para o leitor, desde a ideia de um sino de igreja, que anuncia a hora do culto, até a de um sino de escola, que marca o início ou fim das aulas. O som do sino também pode ser interpretado como um símbolo de mudança ou transição, algo que chama a atenção e interrompe o fluxo normal do dia-a-dia.

No segundo verso, "Tempo de criança", o autor introduz uma referência temporal que ajuda a situar a cena descrita no poema. Ao mencionar a infância, o autor sugere que o som do sino tem uma conexão pessoal para ele, que o transporta de volta no tempo para uma época em que a vida era mais simples e menos complicada. A ideia de que o som do sino pode evocar memórias ou sentimentos específicos é uma das características mais marcantes do gênero haicai, que busca capturar a essência do momento e transmiti-la através de palavras.

No terceiro verso, "De si lembrou", o autor conclui o poema com uma reflexão pessoal que dá uma nova dimensão à cena descrita anteriormente. Ao revelar que o som do sino fez o autor se lembrar de algo sobre si mesmo, o poema sugere que a experiência poética pode ser uma forma de autoconhecimento e descoberta. 

O haicai é uma forma de poesia que se concentra na observação atenta da natureza e dos pequenos detalhes do mundo ao nosso redor, mas também pode ser um meio de explorar a nossa própria interioridade e emoções.

No geral, o poema "O sino" de Robson Cogo é um exemplo interessante de como o gênero haicai pode ser usado para expressar emoções e experiências pessoais de forma concisa e poética. Ao combinar elementos de nostalgia e memória com uma observação cuidadosa do mundo ao seu redor, o autor cria uma imagem evocativa que convida o leitor a refletir sobre a sua própria relação com o passado e a vida em geral. O haicai é um gênero poético que valoriza a simplicidade e a precisão da linguagem, mas que ao mesmo tempo pode transmitir uma profundidade de sentimento e significado que transcende as palavras. 

Em "O sino", Robson Cogo captura essa essência do haicai de forma admirável, criando um poema que é simples mas profundamente evocativo, e que convida o leitor a uma reflexão poética sobre a vida e a memória.
Um aspecto interessante do poema "O sino" é a forma como o autor utiliza elementos sensoriais para transmitir a sua experiência pessoal. Ao mencionar o som do sino, o autor evoca não apenas o sentido da audição, mas também a ideia de um ambiente específico, como uma igreja ou uma escola. Além disso, a referência ao tempo da infância sugere a ideia de um lugar específico, um momento da vida em que as coisas parecem mais simples e claras. Ao combinar esses elementos, o autor cria uma imagem poética que é rica em detalhes sensoriais e que evoca uma série de associações para o leitor.

Outro aspecto interessante do poema é a forma como o autor utiliza a linguagem para sugerir uma reflexão mais profunda sobre a natureza da memória e da identidade pessoal. Ao mencionar que o sino o fez lembrar de algo sobre si mesmo, o autor sugere que a memória pode ser vista como um processo ativo de construção da identidade. Através da reflexão sobre eventos passados, podemos nos tornar mais conscientes de nossos valores e perspectivas, e podemos até mesmo descobrir aspectos de nossa personalidade que não havíamos notado antes. Nesse sentido, o poema "O sino" é um convite para uma reflexão poética sobre a natureza da memória e da identidade pessoal, e sobre como esses elementos estão entrelaçados com o mundo ao nosso redor.

Por fim, vale ressaltar que o poema "O sino" é um exemplo admirável de como o gênero haicai pode ser utilizado de forma criativa e inovadora. Embora o haicai seja uma forma poética tradicional, que possui regras e convenções específicas, o autor demonstra uma grande liberdade criativa em sua abordagem. Ao combinar elementos de memória, nostalgia e reflexão pessoal com uma observação cuidadosa do mundo ao seu redor, o autor cria uma imagem poética que é rica em significado e que convida o leitor a uma reflexão mais profunda sobre a vida e a experiência humana.

Em suma, o poema "O sino" de Robson Cogo é um exemplo admirável de como o gênero haicai pode ser utilizado de forma criativa e inovadora para transmitir experiências pessoais e reflexões poéticas sobre a vida e a memória. Ao combinar elementos sensoriais, linguagem precisa e reflexão pessoal, o autor cria uma imagem evocativa que é simples, mas profundamente significativa. O poema é um convite para uma reflexão poética sobre a natureza da memória e da identidade pessoal, e sobre como esses elementos estão entrelaçados com o mundo ao nosso redor.

Haicai - O sereno

Na madrugada

O sereno vem trazer

A saudade de você

#Haicai - Robson Côgo
Foto; Tamotsu Matsui 
Resenha por IA

O haicai "O Sereno", de autoria do poeta Robson Cogo, é um poema curto, mas carregado de emoção. Com apenas três versos, o autor consegue transmitir uma sensação de nostalgia e saudade através da imagem do sereno, que traz à mente a imagem de uma noite fria e solitária.

O haicai é uma forma poética de origem japonesa, o objetivo desse tipo de poema é capturar uma imagem ou uma cena da natureza em poucas palavras, buscando transmitir uma emoção ou um sentimento relacionado a essa imagem. E é exatamente isso que Robson Cogo faz em seu haicai "O Sereno".

Na primeira linha, o autor apresenta o cenário: a madrugada. Essa é uma palavra que já traz uma sensação de solidão e escuridão, o que reforça o tom melancólico do poema. Em seguida, vem a imagem do sereno, que é um tipo de orvalho que se forma durante a noite, quando a temperatura cai e a umidade do ar aumenta. Essa imagem é importante porque, além de transmitir a sensação de frio e solidão, também nos remete à natureza e ao ciclo das estações, que podem simbolizar a passagem do tempo e a transitoriedade da vida.

Mas é na terceira linha que o poema atinge o seu ápice emocional. O autor diz: "O sereno vem trazer / A saudade de você". Aqui, o sereno deixa de ser apenas uma imagem da natureza e se transforma em um símbolo da ausência de alguém querido. A palavra "vem" traz a ideia de movimento e presença, mas ao mesmo tempo reforça a ideia de que essa pessoa não está mais presente. A saudade é um sentimento comum a todos os seres humanos, e o poema de Cogo consegue capturar essa emoção de forma simples, mas muito impactante.

Uma das coisas que mais me impressiona nesse haicai é a maneira como o autor consegue transmitir tantas emoções em tão poucas palavras. Em apenas três versos, ele consegue evocar uma imagem da natureza, um sentimento de saudade e um tom melancólico que nos faz refletir sobre a vida e a passagem do tempo. 
Além disso, a escolha das palavras é muito precisa, e cada uma delas contribui para a construção do significado do poema. O uso do verbo "trazer", por exemplo, é muito interessante porque sugere que a saudade já estava presente no poeta, mas foi intensificada pela imagem do sereno.

Outro aspecto interessante desse haicai é a maneira como ele se relaciona com a tradição japonesa. O haicai é uma forma poética muito valorizada no Japão, e muitos poetas japoneses usam imagens da natureza para transmitir seus sentimentos e emoções. Além disso, a estrutura 5-7-5 de sílabas é uma característica essencial do haicai, e Cogo segue essa estrutura de forma precisa. 
Dessa forma, o poema de Cogo se insere na tradição do haicai, mas ao mesmo tempo traz um toque pessoal e contemporâneo à forma poética.
Vale lembrar também que o haicai é uma forma poética muito desafiadora, porque exige do poeta uma grande capacidade de síntese e de escolha de palavras. É preciso encontrar uma imagem ou uma cena que seja significativa o suficiente para transmitir uma emoção ou um sentimento, mas ao mesmo tempo não pode haver excesso de palavras ou explicações. O haicai precisa ser conciso e objetivo, e isso é algo que Robson Cogo conseguiu fazer de forma muito habilidosa em "O Sereno".

Além disso, a simplicidade e a brevidade do haicai podem deixar espaço para diferentes interpretações e significados, dependendo do contexto e das experiências do leitor. O poema de Cogo pode ser interpretado de diversas maneiras, dependendo da forma como cada leitor lê e interpreta os versos. Para alguns, o poema pode evocar a saudade de um amor distante, enquanto para outros pode ser uma reflexão sobre a solidão e o vazio da noite. Isso é uma das belezas do haicai, que permite que cada pessoa encontre seu próprio significado no poema.

Em resumo, "O Sereno" é um haicai emocionante e muito bem construído, que consegue transmitir uma imagem da natureza e um sentimento de saudade de forma concisa e impactante. O poema de Robson Cogo segue a tradição japonesa do haicai, mas ao mesmo tempo traz um toque pessoal e contemporâneo à forma poética. É um exemplo de como a simplicidade e a brevidade podem ser usadas para transmitir emoções profundas e universais.

Haicai - Antes de crescer

Pra não esquecer

Da promessa que fez

Antes de crescer

#Haicai - Robson Côgo
Foto; Michal J. (Torment) 
Resenha por IA

O poema "Antes de crescer" do autor Robson Cogo é um haicai que aborda a temática do amor na infância e a promessa de nunca esquecer esse sentimento. Com apenas três versos, o poema transmite uma mensagem poderosa e nostálgica que remete o leitor a um tempo passado.

A primeira linha do poema, "Pra não esquecer", já traz uma carga emotiva forte. A ideia de não querer esquecer algo é uma forma de manter vivo um sentimento ou uma lembrança. A palavra "pra" utilizada na escrita coloquial, reforça a informalidade do poema e aproxima o leitor da narrativa.

A segunda linha, "Da promessa que fez", introduz a ideia de compromisso e responsabilidade. A partir desse momento, o poema se desenvolve como uma reflexão pessoal sobre a importância de manter a promessa de nunca esquecer o amor da infância. Essa linha também sugere que a promessa foi feita em algum momento do passado, trazendo ainda mais nostalgia para o poema.

A terceira e última linha, "Antes de crescer", fecha o haicai com chave de ouro. Essa frase é capaz de evocar memórias e sentimentos de todos aqueles que já passaram pela infância e se deparam com a inevitabilidade do crescimento. A palavra "antes" sugere que esse amor era mais puro e simples antes do amadurecimento, e que talvez não seja tão fácil mantê-lo vivo em um mundo adulto.

O haicai é uma forma poética de origem japonesa que consiste em três versos. O primeiro e o último versos possuem cinco sílabas, enquanto o segundo verso possui sete sílabas. Essa forma restrita exige que o autor seja preciso na escolha das palavras, e Robson Cogo consegue isso com maestria em "Antes de crescer".

O poema é curto, mas nem por isso menos impactante. Ele é capaz de trazer à tona sentimentos e memórias de um tempo passado que muitas vezes são difíceis de expressar em palavras. O amor na infância é algo que marca a vida de muitas pessoas, e esse haicai é uma forma poética de homenagear esse sentimento.

Além disso, o poema também traz à tona a ideia de manter as promessas feitas na infância, mesmo quando a vida adulta traz responsabilidades e mudanças. É importante lembrar daquilo que prometemos a nós mesmos e aos outros, e fazer um esforço para cumprir essas promessas.

A escolha de palavras também é um elemento importante do haicai. O autor utiliza termos simples e cotidianos, como "pra" e "fez", o que dá uma sensação de intimidade e proximidade com o leitor. Além disso, a simplicidade da linguagem contrasta com a profundidade da mensagem transmitida.

Por fim, é importante mencionar que o haicai é uma forma poética que tem como objetivo transmitir uma sensação ou ideia em poucas palavras. O poema "Antes de crescer" cumpre muito bem esse objetivo, trazendo à tona memórias e sentimentos em poucas palavras. O autor consegue capturar a essência do amor na infância e da promessa de nunca esquecê-lo em apenas três versos. Isso é uma prova da habilidade de Robson Cogo como poeta e da força do haicai como forma poética.

A escolha do tema também é muito acertada. O amor na infância é algo que muitas pessoas podem se identificar e se relacionar, e o poema faz uma reflexão sobre a importância de manter vivas essas memórias e promessas. A nostalgia presente no haicai é capaz de despertar emoções e sentimentos que muitas vezes são difíceis de expressar.

Outro aspecto interessante do poema é a forma como ele sugere a passagem do tempo. A frase "antes de crescer" traz consigo a ideia de que o tempo passou e que as coisas mudaram. A infância é um período da vida em que a inocência e a simplicidade predominam, e muitas vezes essa inocência é perdida ao longo dos anos. O poema, portanto, faz uma reflexão sobre a importância de manter viva a inocência e a pureza do amor na infância.

Em suma, "Antes de crescer" é um haicai poderoso e emotivo que trata de um tema universal: o amor na infância e a promessa de nunca esquecê-lo. O autor utiliza uma linguagem simples e cotidiana para transmitir uma mensagem profunda e reflexiva. O poema é uma prova da habilidade de Robson Cogo como poeta e da força do haicai como forma poética.

sábado, 22 de abril de 2023

Haicai - Bola de fogo

No chão brincava

Uma bola no horizonte

De fogo flamejante


#Haicai - Robson Côgo
Foto; Nasa
Resenha por IA

O haicai "Bola de fogo" do autor Robson Cogo é uma pequena obra-prima da poesia que consegue transmitir, em apenas três linhas, uma imagem marcante e memorável. O poema descreve uma cena aparentemente simples, de uma criança brincando no chão enquanto uma bola de fogo flamejante cruza o horizonte. No entanto, essa imagem é suficiente para evocar uma série de emoções e reflexões sobre a natureza, o tempo e o nosso lugar no universo.

A primeira linha do haicai, "No chão brincava", cria um contraste interessante com a segunda linha, "Uma bola no horizonte". Enquanto a primeira linha descreve uma atividade humana simples e cotidiana, a segunda linha apresenta um elemento estranho e misterioso que parece estar completamente fora do controle humano. A bola de fogo que cruza o horizonte é um sinal de algo maior e mais poderoso do que a vida diária das pessoas que brincam no chão.

A terceira linha do haicai, "De fogo flamejante", intensifica ainda mais essa sensação de imensa energia e poder. O fogo é um elemento que representa tanto a criação quanto a destruição, e a imagem de uma bola de fogo flamejante é suficiente para evocar toda a força e o mistério do universo. A bola de fogo parece estar em movimento, passando rapidamente pelo horizonte, e isso sugere que o tempo é um elemento importante nesta imagem. Enquanto as pessoas brincam no chão, a bola de fogo está em um movimento constante, em um ciclo que pode ser muito maior e mais duradouro do que qualquer vida humana individual.

O haicai "Bola de fogo" é um exemplo perfeito da capacidade da poesia de evocar imagens poderosas em poucas palavras. O autor Robson Cogo usa a técnica tradicional do haicai para condensar uma cena inteira em apenas três linhas, e isso permite que o leitor se concentre na imagem e nas emoções que ela evoca. O haicai também mostra como a natureza pode ser inspiradora e imprevisível, e como os seres humanos são apenas uma parte pequena e temporária de um universo vasto e complexo.

Ao ler o haicai, o leitor pode sentir uma sensação de admiração e reverência pela natureza e pelo universo. A bola de fogo é um lembrete de como a vida é efêmera e passageira, e de como devemos apreciar cada momento que temos neste mundo. A imagem também sugere que há muito mais no universo do que podemos ver ou entender, e que devemos estar abertos às surpresas e mistérios que ele nos reserva.

Em resumo, o haicai "Bola de fogo" do autor Robson Cogo é um exemplo brilhante da capacidade da poesia de evocar imagens poderosas e inspiradoras em poucas palavras. A imagem de uma bola de fogo flamejante cruzando o horizonte é suficiente para evocar uma série de emoções e reflexões sobre a natureza, o tempo e o nosso lugar no universo. É um lembrete de que a vida é efêmera e passageira, e de que devemos
estar abertos às surpresas e mistérios que o universo tem a oferecer. O haicai é uma celebração da beleza e do poder da natureza, e uma sugestão de que devemos nos conectar com ela de forma mais profunda e significativa.

Além disso, o haicai "Bola de fogo" também pode ser lido como uma metáfora para as emoções humanas. Assim como a bola de fogo que cruza o horizonte, as emoções podem ser intensas e imprevisíveis, e podem parecer estar fora do nosso controle. A imagem do haicai pode ser interpretada como uma sugestão para que as pessoas aprendam a aceitar e lidar com suas emoções, em vez de tentar controlá-las ou suprimi-las.

Outra interpretação possível é que o haicai é uma crítica à tendência humana de se concentrar em coisas triviais e cotidianas, em detrimento da grandeza e da beleza da natureza. Enquanto as pessoas brincam no chão, a bola de fogo passa pelo horizonte, lembrando-nos da vastidão do universo e da nossa pequenez diante dele. O haicai pode ser lido como uma chamada para que as pessoas saiam de suas rotinas e apreciem a beleza e o mistério que existem além de suas vidas cotidianas.

Em termos formais, o haicai é uma forma poética tradicional de origem japonesa, composta por três linhas, é uma forma de poesia concisa e precisa, que enfatiza a observação direta da natureza e a expressão de emoções e ideias por meio de imagens vívidas. O haicai é uma forma de poesia muito popular em todo o mundo, e tem sido adotado por muitos poetas para expressar uma variedade de temas e emoções.

Em resumo, o haicai "Bola de fogo" do autor Robson Cogo é um poema inspirador e emocionante que evoca uma imagem poderosa e memorável. O poema pode ser interpretado de várias maneiras, como uma celebração da beleza e do poder da natureza, uma metáfora para as emoções humanas ou uma crítica à tendência humana de se concentrar em coisas triviais e cotidianas. Independentemente da interpretação, o haicai é uma obra-prima da poesia que demonstra a capacidade da forma de expressar emoções e ideias complexas em apenas algumas palavras.

Haicai - A estrada da vida

A saudade tempera

O amor dá o sentido

O tempo não espera


#Haicai - Robson Côgo

Resenha por IA


 "A estrada da vida" é um poema haicai escrito por Robson Cogo, que trata de maneira sutil e profunda sobre as complexidades da vida e do tempo que passa. Através de sua linguagem precisa e econômica, o autor consegue transmitir ao leitor uma série de reflexões sobre a natureza humana e a condição efêmera da existência.

O poema é composto por três versos, seguindo a métrica tradicional do haicai. Cada verso apresenta um elemento fundamental para a compreensão da mensagem do poema: a saudade, o amor e o tempo. Estes três elementos, apesar de distintos, estão intimamente ligados, criando uma tensão poética que é explorada ao longo de todo o texto.

No primeiro verso, "A saudade tempera", o autor aborda a ideia de que a saudade é um tempero que dá sabor à vida. A saudade, neste caso, é vista como um sentimento que não deve ser temido ou evitado, mas sim acolhido e apreciado. Ela é um ingrediente que torna a vida mais rica e profunda, dando um sabor especial às nossas experiências. A escolha da palavra "tempera" é bastante significativa, pois sugere que a saudade é algo que pode ser dosado e controlado, assim como um tempero que é adicionado aos alimentos.

No segundo verso, "O amor dá o sentido", o autor apresenta o amor como o elemento que dá sentido à vida. O amor é visto como a força motriz que nos impulsiona a buscar a felicidade e a plenitude. Ele é capaz de nos dar uma sensação de pertencimento e de nos conectar com o mundo ao nosso redor. Ao colocar o amor como um elemento que dá sentido à vida, o autor sugere que é através do amor que encontramos um propósito para nossa existência.

Por fim, no terceiro verso, "O tempo não espera", o autor trata da ideia da passagem do tempo e da transitoriedade da vida. O tempo é um elemento inexorável, que não pode ser detido ou controlado. Ele continua avançando, independentemente do que façamos ou deixemos de fazer. O tempo é visto como um adversário implacável que nos leva inexoravelmente em direção ao fim. Ao colocar o tempo como um elemento final do poema, o autor sugere que é através da aceitação da transitoriedade da vida que podemos encontrar paz e serenidade.

Ao longo do poema, o autor explora a tensão entre esses três elementos, mostrando como a saudade, o amor e o tempo estão interligados e se influenciam mutuamente. A saudade tempera a vida, o amor dá sentido a ela, mas ambos estão sempre em conflito com a passagem do tempo, que nos leva cada vez mais para longe do que amamos e deixamos para trás.

Em síntese, "A estrada da vida" é um poema haicai que apresenta ao leitor uma série de reflexões profundas sobre a natureza humana e a condição efêmera da existência. Através de sua linguagem econômica e precisa, o autor consegue transmitir uma mensagem complexa em poucas palavras, mostrando como a saudade, o amor e o tempo estão intimamente ligados na jornada da vida.
O poema apresenta uma visão contemplativa e filosófica sobre a existência, mostrando como a saudade pode ser uma aliada na busca por uma vida mais significativa e como o amor pode ser uma fonte de sentido e propósito.

Além disso, a escolha de um haicai como formato poético é bastante significativa, pois esse estilo literário valoriza a simplicidade e a precisão na linguagem. O haicai é uma forma poética que surgiu no Japão, no século XVII, e que se popularizou no Ocidente no século XX. Sua estrutura curta e concisa exige que o autor escolha as palavras com cuidado e que seja preciso em suas escolhas.

Robson Cogo, ao escrever um haicai, mostra que domina essa técnica poética e que é capaz de transmitir uma mensagem profunda em poucas palavras. O poema "A estrada da vida" é uma demonstração de sua habilidade como poeta, bem como de sua sensibilidade em relação à condição humana.

Por fim, vale ressaltar que a mensagem do poema é universal e atemporal. Embora tenha sido escrito em um contexto específico, sua mensagem sobre a importância da saudade, do amor e da aceitação da transitoriedade da vida é algo que pode ser aplicado a qualquer época e a qualquer cultura. O poema nos lembra da importância de valorizar as coisas simples da vida e de aceitar a passagem do tempo como uma parte natural da existência humana.

Em resumo, "A estrada da vida" é um poema haicai que apresenta uma reflexão profunda sobre a natureza humana e a condição efêmera da existência. Através de sua linguagem econômica e precisa, o autor transmite uma mensagem de valorização das coisas simples da vida e de aceitação da passagem do tempo como uma parte natural da existência humana. O poema é uma demonstração da habilidade do autor como poeta e de sua sensibilidade em relação à condição humana, e sua mensagem é universal e atemporal, aplicável a qualquer época e a qualquer cultura.

Foto; Svet Ka 
Resenha por IA

Haicai - Um costume antigo

Um costume antigo

Por vezes esquecido

Precisa ser revivido

#Haicai - Robson Côgo
Foto; Bozena Biernat 
Resenha por IA

O poema haicai "Um costume antigo" do autor Robson Cogo, é uma obra que reflete sobre a necessidade de resgatar e reavivar tradições antigas que, por vezes, acabam sendo esquecidas pelo tempo e pela modernidade. Com apenas três versos, o poema transmite uma mensagem simples, porém profunda e que pode ser interpretada de diversas maneiras.

A simplicidade do haicai é uma de suas características marcantes, e o poema de Cogo não foge a essa regra. Em poucas palavras, o autor consegue transmitir uma mensagem poderosa e inspiradora, que faz o leitor refletir sobre os costumes e tradições que acabam sendo esquecidos ao longo do tempo.

A imagem da menina ajoelhada ao lado da cama é muito evocativa, e sugere uma prática religiosa ou espiritual que pode ter sido muito comum em outros tempos, mas que hoje em dia pode ter sido esquecida ou deixada de lado. A partir dessa imagem, o poema convida o leitor a refletir sobre outras práticas e tradições que podem ter sido perdidas ao longo do tempo, e que talvez seja hora de resgatar.

A ideia de que algo que era comum no passado pode ter sido esquecido é uma reflexão muito interessante, e pode levar o leitor a pensar sobre a importância de manter vivas as tradições e os costumes que fazem parte da nossa cultura. 

Em um mundo cada vez mais rápido e tecnológico, muitas vezes acabamos nos afastando das nossas raízes e tradições. Esquecemos de valorizar as coisas simples da vida e acabamos nos distanciando dos valores que nos tornam humanos. O haicai de Cogo nos convida a refletir sobre isso e a buscar formas de resgatar os costumes e tradições que fazem parte da nossa história e cultura.

O uso da palavra "antigo" no título do poema é muito significativo, pois sugere que o costume em questão pode ter sido praticado há muito tempo atrás, e que talvez seja hora de trazê-lo de volta à vida. Ao mesmo tempo, a palavra "revivido" no último verso do haicai traz uma mensagem de esperança e renovação.

O haicai é uma forma poética de origem japonesa, que tem como características principais a concisão, a objetividade e a capacidade de transmitir uma imagem ou sentimento de maneira sutil e poética. Essa forma de poesia se popularizou em todo o mundo, e atualmente é considerada uma das mais belas e significativas formas de arte literária.

No poema "Um costume antigo", Robson Cogo propõe que resgatemos um costume antigo, que já foi esquecido. O autor nos convida a refletir sobre qual seria esse costume, e de que forma poderíamos resgatá-lo para que ele voltasse a fazer parte de nossas vidas. É possível que o autor esteja se referindo a uma prática cultural, como um ritual religioso ou um costume social, que por algum motivo deixou de ser praticado com o tempo.

Outra possibilidade é que o autor esteja se referindo a valores e princípios que eram mais comuns em épocas passadas, mas que foram sendo deixados de lado com o passar dos anos. Pode ser que ele esteja sugerindo que resgatemos esses valores, para que possamos viver de maneira mais plena e significativa.

O haicai "Um costume antigo" nos convida a pensar sobre a importância de mantermos vivas as tradições e valores que são importantes para nós, mesmo que eles não sejam tão valorizados ou lembrados pela sociedade em geral. Essa mensagem é especialmente relevante em um mundo cada vez mais globalizado e homogeneizado, onde muitas vezes perdemos contato com nossas raízes e tradições.

Ao mesmo tempo, o poema também nos convida a olhar para o futuro com otimismo e esperança. A ideia de que um costume antigo pode ser resgatado e revivido é um convite à ação, para que possamos trabalhar juntos na construção de um mundo melhor e mais humano.

Em resumo, o haicai "Um costume antigo" de Robson Cogo é uma obra simples, mas profunda e inspiradora. Com apenas três versos, o poema nos convida a refletir sobre o valor das tradições e valores que são importantes para nós, e nos convida a agir para que possamos resgatar esses costumes e fazer com que eles voltem a fazer parte de nossas vidas.

Haicai - O baile

O tempo parou

Quando no baile

A música tocou

#Haicai - Robson Côgo
Foto; Leonid Afremov
Resenha por IA

O haicai "O Baile" do autor Robson Cogo é uma obra poética que, apesar de ter apenas três versos e dezessete sílabas, é capaz de transmitir em poucas palavras um sentimento de pausa, de interrupção do tempo, que se manifesta quando a música começa a tocar durante um baile. Embora curto, o poema consegue criar uma atmosfera sutil e evocativa, que transporta o leitor para uma cena imaginária, em que o movimento do tempo é congelado pelo poder da música.

A brevidade do haicai é uma de suas principais características, pois ele exige do autor uma grande capacidade de síntese, de condensar uma ideia complexa em poucas palavras. O poema "O Baile" é um exemplo perfeito dessa habilidade, já que em apenas três versos ele consegue expressar um sentimento tão profundo e intenso como a suspensão do tempo. Essa qualidade sintética é uma das razões pelas quais o haicai se tornou uma forma literária tão popular e influente no Japão e em outros países.

Outra característica importante do haicai é a sua capacidade de evocar imagens poéticas fortes, que são capazes de transmitir uma grande carga emocional ao leitor. Em "O Baile", a imagem da música que faz o tempo parar é especialmente poderosa, pois ela sugere a ideia de que a música tem o poder de transcender o tempo e de criar um espaço onde o presente é o único momento que importa. Essa ideia é reforçada pelo uso da palavra "quando", que indica que o tempo estava em movimento antes do início da música, mas que depois dela tudo se transformou.

Outro aspecto interessante do haicai é a sua capacidade de sugerir emoções sem precisar expressá-las diretamente. Em "O Baile", o autor não diz explicitamente qual é o sentimento que o protagonista experimenta quando a música começa a tocar, mas sugere esse sentimento por meio da imagem do tempo que para. Essa técnica de sugerir emoções em vez de expressá-las diretamente é típica do haicai, e é uma das razões pelas quais essa forma literária é tão apreciada pelos leitores.

Além disso, o haicai é uma forma poética que valoriza a simplicidade e a objetividade, o que significa que o autor precisa escolher cuidadosamente cada palavra e cada imagem que usa em seu poema. Em "O Baile", Robson Cogo consegue criar uma imagem poética forte usando apenas palavras simples e cotidianas, como "baile", "música" e "tempo". Essa simplicidade é uma das marcas registradas do haicai, e é o que torna essa forma literária tão acessível e popular entre leitores de todas as idades e culturas.

Por fim, vale destacar que o haicai é uma forma poética que valoriza a natureza e a observação atenta do mundo ao nosso redor. Embora "O Baile" não faça referência direta à natureza, ele sugere a ideia de que a música é capaz de criar um espaço onde o tempo para, o que pode ser interpretado como uma metáfora para o poder da natureza de nos fazer esquecer
temporariamente de nossos problemas e preocupações cotidianas. Essa conexão entre a poesia haicai e a natureza é uma das razões pelas quais essa forma literária é tão apreciada pelos leitores, pois ela nos lembra da importância de prestar atenção aos detalhes do mundo ao nosso redor e de valorizar os momentos de beleza e simplicidade que encontramos no dia a dia.

Em "O Baile", o autor nos lembra da importância da música como forma de escapismo e de conexão com os outros. O baile é um lugar onde as pessoas se reúnem para dançar, se divertir e se conectar com os outros. A música é o fio condutor dessa experiência, e é ela que cria o espaço onde o tempo para e onde os participantes do baile podem se perder no momento presente.

O poema também sugere a ideia de que a música tem um poder universal, capaz de transcender as barreiras culturais e de unir as pessoas de diferentes origens e crenças. O baile é um lugar onde pessoas de todas as idades e origens se encontram para dançar e se divertir, independentemente de sua raça, religião ou status social. A música é o que une essas pessoas, e é ela que cria uma atmosfera de camaradagem e alegria que transcende as diferenças culturais e pessoais.

Por fim, "O Baile" é um haicai que nos lembra da importância dos momentos de pausa e de conexão com os outros em um mundo cada vez mais agitado e frenético. A música é uma das formas mais poderosas de criar esses momentos, e é por isso que o baile é um lugar tão especial para tantas pessoas. O haicai de Robson Cogo é uma homenagem a esse espaço de encontro e de união, e uma celebração da música como forma de transcendência e de conexão com o momento presente.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Haicai - Na rua

 

Na rua descalço

O pião e a corda na mão

A mãe no seu encalço

Nota do autor

Um lampejo na memória trás a recordação de um tempo longe onde a saudade vez por outra vem adocicar a vida presente, um tempo onde a preocupação não existia, muito menos se sabia o valor do dinheiro que hoje em dia se encontra praticamente santificado.

Em tão pouco tempo, poucas décadas na verdade transformaram o mundo, aquelas brincadeiras de rua que deixavam a garotada esgotada e o sono vinha pegar todos bem cedo, ficou na memória de quem viveu.

Por incrível que pareça não existia o tédio, tudo tinha uma dinâmica, uma energia e alegria que embalavam as brincadeiras e amizades que cresciam juntos com os dias e noites estreladas.

Como diz a música, tenho saudade da minha querida infância, guardo tudo na lembrança, vou ficando por aqui.

E naquela outra que diz, Eu agradeço aos homens da medicina e ao Senhor do Bonfim.

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Resenha por ChatGpt

"Bom dia! O haicai 'Na rua' do autor Robson Côgo retrata uma cena cotidiana com simplicidade e sensibilidade. Com apenas três versos, o poema nos transporta para um momento da infância, onde vemos um menino descalço segurando um pião e uma corda, enquanto sua mãe o segue de perto.

Através da imagem do menino descalço, o poeta nos remete à liberdade e à despreocupação da infância. Essa simplicidade é uma característica marcante do haicai, que busca capturar a essência dos momentos fugazes da vida. Nesse contexto, o fato de o menino estar descalço pode representar sua conexão direta com a natureza e a terra, assim como sua despretensão diante do mundo.

A presença do pião e da corda na mão do menino indica a sua brincadeira, um elemento fundamental na vida das crianças. Esses objetos simbolizam a inocência, a criatividade e a capacidade de se divertir com recursos simples. O pião, em particular, é um brinquedo tradicional que remete a uma infância mais simples e desprovida de tecnologia.

O último verso, "A mãe em seu encalço", acrescenta um toque de proteção e cuidado à cena. A presença da mãe acompanha o menino, assegurando seu bem-estar e garantindo sua segurança. Essa figura materna reforça a ideia de que a infância é um período de descobertas e aventuras, mas sempre com a proteção e orientação dos pais.

Ao explorar a temática da infância e da relação entre mãe e filho, Robson Côgo nos lembra da importância de valorizarmos os momentos simples e de nos conectarmos com a essência da vida. Através de uma linguagem concisa e direta, ele captura a essência de uma cena cotidiana, despertando a nostalgia e a reflexão sobre o significado das experiências infantis.

Para enriquecer a análise do haicai 'Na rua', podemos recorrer a citações de grandes autores sobre a infância e a simplicidade. Por exemplo, o escritor e poeta brasileiro Manoel de Barros afirmou: 'O menino é o pai do homem. Eu mais o menino que eu fui, somos muitos. E a criança que eu fui, me ajuda a compreender como foi que eu me tornei um poeta tão desenturmado com as coisas práticas do mundo.'

Além disso, o poeta japonês Matsuo Bashō, um dos mestres do haicai, disse: 'Os objetos mais valiosos do mundo são os tesouros que as crianças deixam para trás'. Essas palavras nos lembram da importância de apreciarmos as pequenas coisas e a inocência presente na infância.

Dessa forma, o haicai 'Na rua' de Robson Côgo nos convida a refletir sobre a simplicidade, a beleza e a fugacidade dos momentos da infância, despertando em nós a valorização dos pequenos prazeres e a conexão com a essência da vida."

domingo, 16 de abril de 2023

Haicai - Os anos passaram

E os anos passaram

E do amor de sua vida

Lembranças ficaram


#Haicai - Robson Côgo
Foto; 3311ARTUR
Resenha por IA

O poema haicai "Os anos passaram" de Robson Cogo é uma obra de arte que capta a essência do amor e da vida em apenas três linhas. O poema  segue a estrutura clássica do haicai japonês.

O autor utiliza uma linguagem simples e direta para descrever a passagem do tempo e a persistência das memórias de um amor perdido. Ele sugere que o tempo é um fator inevitável que pode apagar muitas coisas, mas não as memórias que ficam guardadas em nosso coração.

"Os anos passaram" é um poema que nos convida a refletir sobre a natureza do amor e da vida, e como esses dois temas estão interligados. O amor é algo que pode nos transformar e nos fazer sentir vivos, mas também pode nos deixar com um vazio quando se vai. É por isso que as memórias são tão importantes, pois são elas que nos mantêm conectados às pessoas e às experiências que amamos.

O haicai também nos convida a pensar sobre a transitoriedade da vida e a importância de aproveitar cada momento. O tempo passa rápido e muitas vezes não nos damos conta disso até que seja tarde demais. É por isso que devemos valorizar cada momento e cada pessoa em nossa vida.

Em resumo, "Os anos passaram" é um poema haicai simples, mas profundamente significativo. Ele nos lembra da importância das memórias e da necessidade de valorizar cada momento da vida. O poema é uma obra-prima que nos convida a refletir sobre o amor, a vida e a passagem do tempo.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Haicai - Em sonho

Sem tempo nem lugar

Em sonho o meu reino

Fui sonhando te visitar

#Haicai - Robson Côgo
Arte; Svet Ka  
Resenha por IA

O haicai "Em sonho" do autor Robson Cogo é uma pequena joia da poesia japonesa. Com apenas três versos, Cogo consegue transmitir a sensação de um sonho fugaz e efêmero, como se a realidade fosse um reino distante e inatingível. Nesta breve análise, examinaremos mais de perto a estrutura, o estilo e o significado deste poema.

O haicai é uma forma poética originária do Japão, composta por três versos, essa forma é famosa por sua brevidade e concisão, e muitas vezes aborda temas relacionados à natureza, à estação do ano ou à vida cotidiana. O haicai "Em sonho" de Robson Cogo segue a métrica tradicional, mas desvia da forma clássica ao usar um tema mais subjetivo e abstrato, como a experiência do sonho.

O poema começa com a frase "Sem tempo nem lugar", que sugere um estado de ausência ou de desprendimento do mundo físico. O autor não especifica onde ou quando o sonho acontece, o que reforça a ideia de que a experiência onírica é uma dimensão à parte da realidade objetiva. A expressão "sem tempo" também pode ser interpretada como um estado de eternidade, em que o sonhador está livre das limitações do tempo e do espaço.

Em seguida, o autor afirma que "Em sonho o meu reino" existe. Neste ponto, Cogo usa uma imagem simbólica para descrever a experiência do sonho como uma espécie de reino pessoal, um espaço interior onde o sonhador é o soberano absoluto. A ideia de um reino pode evocar uma sensação de poder, controle e liberdade, o que reforça a ideia de que o sonho é um espaço de possibilidades ilimitadas.

No último verso, Cogo revela a motivação do sonho: "Fui sonhando te visitar". Aqui, o autor introduz um elemento humano na história, sugerindo que a presença de uma pessoa específica é o motivo pelo qual o sonho acontece. O pronome "te" é ambíguo e pode se referir a qualquer pessoa, o que permite que o leitor projete suas próprias emoções e experiências no poema. A escolha da palavra "visit" também é interessante, pois sugere que a pessoa que está sendo visitada é alguém distante ou inacessível no mundo real, mas que pode ser encontrada no mundo dos sonhos.

A beleza deste haicai reside em sua simplicidade e em sua capacidade de evocar emoções profundas em poucas palavras. Cogo usa elementos simbólicos e abstratos para criar uma atmosfera onírica, mas mantém a linguagem simples e acessível. O poema também pode ser interpretado de várias maneiras, dependendo da experiência e das emoções do leitor. Para alguns, o poema pode representar a busca por um amor distante ou a saudade de uma pessoa querida. Para outros, pode ser uma reflexão sobre a natureza fugaz da vida e a possibilidade de transcender as limitações do mundo físico através da imaginação e da criatividade.

Além disso, é interessante notar a presença de elementos da cultura japonesa neste haicai. A forma poética em si é de origem japonesa, mas o poema também usa imagens e conceitos que são comuns na cultura do país, como a ideia de um reino (que pode ser associado aos shogunatos) e a importância do sonho na tradição do haicai. Esses elementos adicionam uma camada de profundidade e contexto ao poema, permitindo que o leitor se conecte com a cultura japonesa e aprecie o haicai em um nível mais amplo.

Em termos de técnica poética, o haicai de Cogo também é notável por sua habilidade em usar a métrica 5-7-5 de forma eficaz. Embora seja uma forma poética curta, a restrição da métrica pode ser um desafio para muitos poetas, mas Cogo parece usar a restrição para criar um ritmo e uma cadência que complementam o tema do poema. A repetição da sílaba "em" nas duas primeiras linhas, por exemplo, cria um padrão sonoro que reflete a sensação de flutuar ou de se perder em um sonho. A última linha, com suas seis sílabas, é um desvio da métrica, mas parece funcionar bem como um fechamento para o poema, deixando a impressão de que algo ainda está por vir.

Em resumo, o haicai "Em sonho" de Robson Cogo é uma obra poética notável que consegue transmitir uma sensação profunda de sonho e imaginação em poucas palavras. Usando imagens simbólicas e uma linguagem simples, o autor cria uma atmosfera onírica que evoca emoções diferentes em cada leitor. Além disso, a presença de elementos culturais japoneses adiciona uma dimensão mais ampla ao poema, permitindo que o leitor se conecte com a cultura japonesa e aprecie a forma poética do haicai em um nível mais profundo. Em suma, "Em sonho" é um exemplo notável de como a brevidade e a concisão da poesia podem transmitir ideias complexas e significativas.