sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Haicai - O relógio


O relógio marca

Os ponteiros certeiros

E o vazio entre eles


#Haicai - Robson Côgo

Rsenha por ChatGPT

O haicai "O relógio" de Robson Côgo é uma obra breve e contemplativa que nos leva a refletir sobre a natureza do tempo e sua relação com a nossa percepção. Com apenas três versos, o autor nos apresenta uma cena aparentemente simples, mas carregada de significado.

O primeiro verso, "O relógio marca", estabelece o cenário principal da poesia, que é a presença de um relógio. Este objeto cotidiano e comum ganha uma importância especial no contexto do haicai, pois simboliza o conceito do tempo medido e quantificado.

No segundo verso, "Os ponteiros certeiros", o autor nos leva a observar os ponteiros do relógio. A palavra "certeiros" sugere uma precisão impecável, o que nos faz pensar na inexorabilidade do tempo. Os ponteiros avançam com uma regularidade implacável, independentemente de nossos desejos ou ações.

Por fim, o terceiro verso, "E o vazio entre eles", adiciona profundidade à reflexão. O "vazio" entre os ponteiros nos lembra que, apesar de nossa obsessão em medir e controlar o tempo, existe uma dimensão intangível e fugaz que escapa à nossa compreensão. Esse "vazio" pode ser interpretado como um espaço onde as experiências acontecem, onde a vida se desenrola.

A obra de Robson Côgo nos convida a pensar sobre como percebemos e valorizamos o tempo em nossa vida cotidiana. Ela nos lembra que, embora possamos medir o tempo com precisão, há uma dimensão subjetiva e misteriosa que escapa à nossa compreensão.

Além disso, podemos enriquecer essa reflexão com o pensamento de grandes pensadores, como Albert Einstein, que nos ensinou que o tempo é relativo e depende do ponto de vista do observador. Essa perspectiva nos lembra que o tempo não é apenas uma entidade objetiva, mas algo que pode ser percebido de maneira diferente por cada indivíduo.

Em resumo, o haicai "O relógio" de Robson Côgo nos convida a contemplar o tempo e suas complexidades, lembrando-nos de que, apesar de nossa busca por controlá-lo, o tempo continua a fluir de maneira inexorável, deixando-nos com o desafio de entender o significado do "vazio" entre seus ponteiros.

Expandirei ainda mais a análise do haicai "O relógio" de Robson Côgo e explorar algumas reflexões adicionais, incorporando o pensamento de outros grandes pensadores.

Este haicai nos convida a uma meditação profunda sobre o tempo e sua percepção. No mundo moderno, onde estamos constantemente preocupados com agendas lotadas, prazos e relógios que controlam nossas vidas, a obra de Côgo nos lembra da importância de pausar e refletir sobre a natureza intangível e inapreensível do tempo.

O primeiro verso, "O relógio marca", nos faz lembrar da nossa tendência em medir o tempo de forma quantitativa, como se pudéssemos encapsular a experiência da vida em números. Essa ênfase na marcação do tempo pode nos levar a uma vida acelerada, muitas vezes negligenciando os momentos preciosos que acontecem entre as horas e os minutos.

No segundo verso, "Os ponteiros certeiros", a palavra "certeiros" ressalta a precisão matemática dos ponteiros de um relógio. No entanto, essa precisão contrasta com a experiência subjetiva do tempo, que muitas vezes parece se esticar ou encolher dependendo das circunstâncias. Aqui, podemos lembrar das palavras do filósofo francês Albert Camus, que argumentou que o tempo humano é muitas vezes estranho e ilusório, e que nossa busca por sentido na vida frequentemente se choca com a implacabilidade do tempo.

O terceiro verso, "E o vazio entre eles", é especialmente intrigante. O "vazio" entre os ponteiros nos faz pensar no espaço que existe além das medidas precisas do tempo. Esse vazio pode representar as experiências únicas e inefáveis que acontecem durante nossas vidas, as emoções que sentimos, os momentos que nos tocam profundamente e que escapam à medida do relógio.

O pensamento do filósofo Martin Heidegger pode enriquecer ainda mais nossa compreensão desse haicai. Ele argumentou que nossa existência está profundamente relacionada ao conceito de "temporalidade", e que o tempo não é apenas uma dimensão quantitativa, mas algo que molda nossa compreensão do ser. O "vazio" entre os ponteiros pode ser visto como um convite para explorar essa dimensão mais profunda do tempo, onde a experiência humana ganha significado.

Em suma, o haicai "O relógio" de Robson Côgo é uma obra poética que nos convida a contemplar o tempo de uma maneira mais profunda e significativa. Ele nos recorda que, apesar de nossos esforços para medir e controlar o tempo, há uma riqueza de experiências e significados que se desenrolam em sua sombra. É uma obra que nos convida a apreciar a complexidade e a beleza da vida para além da simples marcação dos ponteiros de um relógio


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