sábado, 23 de julho de 2016

Haicai - Os dias espero

Os dias espero 

Do tempo que passou

Ainda te quero


#Haicai - Robson Côgo

O haicai "Os dias espero" do autor Robson Cogo é uma peça poética marcada pela simplicidade e pela intensidade emocional que caracteriza os grandes poetas do gênero. Com apenas três versos, o poema sintetiza uma reflexão profunda sobre o amor, a saudade e a passagem do tempo.

O primeiro verso, "Os dias espero", apresenta o tema central do poema, que é a espera. A espera é um tema recorrente na poesia, em especial na poesia lírica, que se dedica a explorar as emoções mais profundas do ser humano. A espera pode ser entendida como um estado de tensão emocional, uma situação em que a pessoa está suspensa entre o passado e o futuro, entre a memória e a expectativa. A espera é um estado de transição, um momento de passagem, que pode ser acompanhado por uma série de sentimentos, como a ansiedade, a incerteza, a esperança e a saudade.

O segundo verso, "Do tempo que passou", sugere que a espera tem relação com o passado. O tempo é um elemento fundamental na poesia haicai, que se dedica a capturar a essência da natureza em suas diferentes manifestações. O tempo é uma dimensão da natureza que está sempre presente, seja como um ciclo que se repete, seja como uma mudança que se transforma. No haicai, o tempo pode ser visto como um elemento que conecta o passado e o presente, que nos leva a refletir sobre a transitoriedade da vida e sobre a impermanência das coisas.

O terceiro verso, "Ainda te quero", é o mais intenso do poema, pois sugere a presença de um sentimento amoroso. O amor é um tema recorrente na poesia haicai, que se dedica a capturar a beleza da natureza em suas diferentes manifestações. O amor pode ser visto como uma força que nos move, que nos impulsiona em direção ao outro, que nos faz sentir vivos e conectados. No haicai, o amor pode ser visto como um elemento que nos conecta com a natureza, que nos faz sentir parte do mundo e nos ajuda a compreender o sentido da vida.

Em conjunto, os três versos do haicai "Os dias espero" apresentam uma reflexão sobre a espera amorosa, que se relaciona com o passado e com o tempo. A espera é uma experiência que pode ser dolorosa e angustiante, mas que também pode ser transformadora e enriquecedora. A espera nos leva a refletir sobre a natureza humana, sobre nossos desejos, nossas expectativas e nossas limitações. A espera nos ajuda a compreender a impermanência das coisas e a valorizar os momentos que temos, pois o tempo é precioso e fugaz.

Robson Cogo é um autor brasileiro que se dedica à poesia haicai, um gênero que tem suas raízes na tradição japonesa e que se tornou popular em todo o mundo. O haicai é uma forma poética marcada pela simplicidade e pela precisão, que busca capturar a essência da natureza em poucas palavras. O haicai é um gênero que valoriza a sensibilidade, a simplicidade e a observação cuidadosa do mundo ao nosso redor. Em seus haicais, Robson Cogo busca explorar a beleza da natureza e das emoções humanas, utilizando uma linguagem simples e direta, que capta a essência dos sentimentos de forma profunda e poética.

Além disso, o haicai também é um gênero que valoriza a experiência do momento presente, a observação atenta dos detalhes e a conexão com a natureza. Nesse sentido, "Os dias espero" também pode ser interpretado como um convite para valorizarmos o presente e a conexão com as pessoas e coisas que amamos. O poema nos lembra que o tempo é um elemento precioso e fugaz, e que devemos aproveitar cada momento da vida, mesmo que seja na espera por algo ou alguém.

Por fim, é importante ressaltar que a poesia haicai tem uma longa tradição no Japão, onde é valorizada como uma forma de contemplação da natureza e de conexão com a sabedoria ancestral. No Brasil, o haicai tem se popularizado cada vez mais, e autores como Robson Cogo têm contribuído para a valorização desse gênero poético em nosso país. "Os dias espero" é um exemplo da força poética do haicai, que consegue sintetizar em poucas palavras sentimentos profundos e universais.

Foto; Ana Isabel
Resenha por IA

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