De um grande amor
Que um dia viveu
#Haicai - Robson Côgo
O haicai "Diga que esqueceu" é uma obra do poeta brasileiro Robson Cogo, que traz em apenas três versos uma reflexão profunda sobre a dor da perda e o esquecimento amoroso.
No haicai, o poeta convoca o leitor a refletir sobre a possibilidade de esquecer um grande amor. A simplicidade e concisão dos versos criam um espaço para que cada um possa preencher com suas próprias experiências, sentimentos e reflexões.
Em primeiro lugar, é importante destacar que o haicai é uma forma poética originária do Japão, caracterizada pela brevidade e pela concisão. Trata-se de um gênero que busca capturar a essência do momento, em uma linguagem que privilegia o sugestivo, o sutil e o evocativo.
Nesse sentido, o haicai é uma forma de poesia que se presta bem a tratar de temas complexos e profundos, sem a necessidade de uma elaboração formal complexa ou de uma linguagem rebuscada. É exatamente isso que se vê no haicai de Robson Cogo.
A primeira palavra do poema, "diga", é uma espécie de convocação para o leitor, um chamado à reflexão. A partir desse convite, o poeta propõe uma questão aparentemente simples, mas que traz em si uma profundidade de significados.
O verbo "esquecer" é o núcleo do poema, e sua posição no final do verso amplia o efeito de suspensão e expectativa criado pelos primeiros termos. O esquecimento é um tema recorrente na literatura e na poesia, especialmente quando se trata de amores perdidos.
Ao convocar o leitor a "dizer" que esqueceu de um grande amor, o poeta toca em um aspecto fundamental da vida amorosa: a possibilidade de superar a dor da perda e seguir em frente. Mas essa possibilidade não é tão simples quanto parece, como sugere o verso seguinte.
A expressão "um grande amor" tem uma carga emocional forte, que remete a uma experiência amorosa intensa e significativa. Essa intensidade é ressaltada pelo uso do adjetivo "grande", que sugere uma dimensão que transcende o ordinário.
O uso do pretérito perfeito, "que um dia viveu", reforça a ideia de que essa experiência amorosa está no passado, que algo se perdeu ou se foi embora. Mas ao mesmo tempo, a referência ao passado também indica que esse amor existiu, que foi real, que deixou marcas.
Assim, o poema de Robson Cogo coloca em questão a possibilidade de esquecer um amor intenso e significativo. É como se o poeta dissesse: "você consegue esquecer um amor assim?".
A resposta, é claro, é uma incógnita. O poema não oferece uma solução, nem tenta persuadir o leitor a acreditar em uma resposta única. Ao contrário, o haicai abre uma janela para a reflexão, para o diálogo consigo mesmo e com o mundo.
Em termos formais, o haicai de Robson Cogo segue a estrutura clássica do gênero, com a divisão dos versos em três partes, essa estrutura traz uma harmonia e uma cadência que favorecem a leitura e a compreensão do poema, mas também fazem com que cada palavra e cada sílaba ganhem um peso e uma importância ainda maiores.
Por fim, vale destacar que o haicai é uma forma poética que dialoga muito bem com a tradição literária japonesa, mas que também encontra ressonância em outras culturas e em outros contextos.
No Brasil, por exemplo, o haicai tem ganhado cada vez mais adeptos e tem sido utilizado por poetas de diversas correntes estéticas, como Paulo Leminski, Alice Ruiz, Guilherme de Almeida e muitos outros.
Em resumo, o haicai "Diga que esqueceu" de Robson Cogo é uma obra poética que, em apenas três versos, traz uma reflexão profunda sobre a dor da perda e o esquecimento amoroso. Com sua simplicidade e concisão, o poema convoca o leitor a refletir sobre a possibilidade de esquecer um grande amor, e cria um espaço para que cada um possa preencher com suas próprias experiências, sentimentos e reflexões.
Arte; Martell Thelma
Resenha por IA
Nenhum comentário:
Postar um comentário