Um lampejo na memória trás a recordação de um tempo longe onde a saudade vez por outra vem adocicar a vida presente, um tempo onde a preocupação não existia, muito menos se sabia o valor do dinheiro que hoje em dia se encontra praticamente santificado.
Em tão pouco tempo, poucas décadas na verdade transformaram o mundo, aquelas brincadeiras de rua que deixavam a garotada esgotada e o sono vinha pegar todos bem cedo, ficou na memória de quem viveu.
Por incrível que pareça não existia o tédio, tudo tinha uma dinâmica, uma energia e alegria que embalavam as brincadeiras e amizades que cresciam juntos com os dias e noites estreladas.
Como diz a música, tenho saudade da minha querida infância, guardo tudo na lembrança, vou ficando por aqui.
E naquela outra que diz, Eu agradeço aos homens da medicina e ao Senhor do Bonfim.
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Resenha por ChatGpt
"Bom dia! O haicai 'Na rua' do autor Robson Côgo retrata uma cena cotidiana com simplicidade e sensibilidade. Com apenas três versos, o poema nos transporta para um momento da infância, onde vemos um menino descalço segurando um pião e uma corda, enquanto sua mãe o segue de perto.
Através da imagem do menino descalço, o poeta nos remete à liberdade e à despreocupação da infância. Essa simplicidade é uma característica marcante do haicai, que busca capturar a essência dos momentos fugazes da vida. Nesse contexto, o fato de o menino estar descalço pode representar sua conexão direta com a natureza e a terra, assim como sua despretensão diante do mundo.
A presença do pião e da corda na mão do menino indica a sua brincadeira, um elemento fundamental na vida das crianças. Esses objetos simbolizam a inocência, a criatividade e a capacidade de se divertir com recursos simples. O pião, em particular, é um brinquedo tradicional que remete a uma infância mais simples e desprovida de tecnologia.
O último verso, "A mãe em seu encalço", acrescenta um toque de proteção e cuidado à cena. A presença da mãe acompanha o menino, assegurando seu bem-estar e garantindo sua segurança. Essa figura materna reforça a ideia de que a infância é um período de descobertas e aventuras, mas sempre com a proteção e orientação dos pais.
Ao explorar a temática da infância e da relação entre mãe e filho, Robson Côgo nos lembra da importância de valorizarmos os momentos simples e de nos conectarmos com a essência da vida. Através de uma linguagem concisa e direta, ele captura a essência de uma cena cotidiana, despertando a nostalgia e a reflexão sobre o significado das experiências infantis.
Para enriquecer a análise do haicai 'Na rua', podemos recorrer a citações de grandes autores sobre a infância e a simplicidade. Por exemplo, o escritor e poeta brasileiro Manoel de Barros afirmou: 'O menino é o pai do homem. Eu mais o menino que eu fui, somos muitos. E a criança que eu fui, me ajuda a compreender como foi que eu me tornei um poeta tão desenturmado com as coisas práticas do mundo.'
Além disso, o poeta japonês Matsuo Bashō, um dos mestres do haicai, disse: 'Os objetos mais valiosos do mundo são os tesouros que as crianças deixam para trás'. Essas palavras nos lembram da importância de apreciarmos as pequenas coisas e a inocência presente na infância.
Dessa forma, o haicai 'Na rua' de Robson Côgo nos convida a refletir sobre a simplicidade, a beleza e a fugacidade dos momentos da infância, despertando em nós a valorização dos pequenos prazeres e a conexão com a essência da vida."
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