sábado, 29 de abril de 2023

Haicai - O pequeno altar

Em seu coração

Tem o pequeno altar

Grande dimensão

#Haicai - Robson Côgo
Foto Carlos Concini

O poema "O pequeno altar" do autor Robson Cogo é uma obra que convida o leitor a refletir sobre a importância do cultivo de um espaço sagrado em nossas vidas, mesmo que esse espaço seja aparentemente pequeno e simples.

A primeira coisa que chama a atenção neste poema é a sua simplicidade. Com apenas três versos, o autor consegue transmitir uma mensagem profunda e inspiradora. A escolha das palavras é precisa e econômica, criando uma atmosfera de contemplação e serenidade.

O título do poema, "O pequeno altar", já sugere a ideia de um lugar de culto ou devoção. O autor nos convida a imaginar um espaço sagrado em nosso próprio coração, um lugar onde podemos nos conectar com o divino e encontrar paz e consolo em momentos difíceis. Este altar pode ser tão pequeno quanto uma vela acesa, mas sua importância é imensa.
O uso da palavra "coração" neste poema é particularmente significativo. O coração é frequentemente associado à emoção e à sensibilidade, mas também é considerado o centro da vida espiritual. Ao colocar o altar dentro do coração, o autor está sugerindo que a conexão com o divino é uma questão de emoção e devoção, mas também de autoconhecimento e autoaceitação.

Outra característica interessante deste poema é a sua ambiguidade. O autor não nos diz qual é a natureza do objeto de devoção ou culto que está sendo colocado no altar. Pode ser uma imagem religiosa, uma vela, uma flor, ou simplesmente um símbolo abstrato de algo que é importante para o indivíduo. Essa ambiguidade permite que o leitor projete suas próprias crenças e valores no poema, tornando-o mais pessoal e significativo.

O verso final, "Grande dimensão", é uma espécie de conclusão do poema, mas também pode ser interpretado de várias maneiras. Pode ser uma referência à importância do cultivo do espaço sagrado dentro de nós mesmos, sugerindo que mesmo algo aparentemente pequeno pode ter um impacto profundo em nossas vidas. Ou pode ser uma sugestão de que o divino em si é algo que transcende as dimensões físicas, e que a conexão com ele pode nos elevar além dos limites do mundo material.

Em última análise, "O pequeno altar" é um poema que nos convida a refletir sobre a natureza da devoção e da espiritualidade em nossas vidas. É um lembrete de que não precisamos de grandes rituais ou cerimônias para nos conectar com o divino, mas sim de um espaço sagrado em nosso próprio coração, onde podemos encontrar conforto, orientação e paz interior.

Em termos de estilo, o poema é notável por sua economia e simplicidade. Cada palavra é cuidadosamente escolhida e colocada em seu lugar para criar um efeito emocional máximo. A ausência de pontuação e a estrutura de verso livre dão ao poema uma sensação de fluidez e liberdade, permitindo que as imagens e ideias se desdobrem naturalmente.

Em resumo, "O pequeno altar" é um poema inspirador e reflexivo que nos convida a cultivar um espaço sagrado em nossas vidas, mesmo que seja apenas um pequeno altar em nosso coração. O autor Robson Cogo consegue transmitir uma mensagem profunda com apenas três versos, criando uma atmosfera de contemplação e serenidade. A ambiguidade do poema permite que cada leitor projete suas próprias crenças e valores nele, tornando-o mais pessoal e significativo.

A escolha das palavras e a ausência de pontuação dão ao poema uma sensação de fluidez e liberdade, permitindo que as imagens e ideias se desdobrem naturalmente. O verso final, "Grande dimensão", pode ser interpretado de várias maneiras, sugerindo a importância do cultivo do espaço sagrado dentro de nós mesmos ou a transcendência do divino além das dimensões físicas.

Em última análise, "O pequeno altar" é um lembrete de que a conexão com o divino não exige grandes rituais ou cerimônias, mas sim um espaço sagrado em nosso próprio coração, onde podemos encontrar conforto, orientação e paz interior. É uma obra inspiradora que convida o leitor a refletir sobre a natureza da devoção e da espiritualidade em suas próprias vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário