Haicai - Sol e sal

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🌊🌊🌊    Mar de Yemanjá    🌊🌊🌊

🌊🌊🌊🌊      Canoa na praia  🌊🌊🌊🌊

🌊🌊🌊    Sol, sal, saravá     🌊🌊🌊

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 Haikai - Robson Cogo

O poema "Sol e sal" de Robson Cogo é um haicai que se destaca pela simplicidade e clareza de sua mensagem. Com apenas três versos, o autor consegue transmitir uma sensação de tranquilidade e harmonia que remete à imagem de um dia de praia, com o sol brilhando no céu e o mar sereno. O poema traz elementos da cultura brasileira, como a referência à Yemanjá, orixá das águas, e ao saravá, uma saudação utilizada em rituais religiosos afro-brasileiros.

O primeiro verso, "Mar de Yemanjá", cria uma atmosfera mística e poética ao evocar a imagem da deusa das águas. Yemanjá é uma divindade venerada em várias religiões afro-brasileiras, e é associada à fertilidade, à maternidade e à proteção. Ao mencioná-la, o autor estabelece uma conexão com a natureza e com a espiritualidade, sugerindo que a praia é um lugar sagrado onde se pode entrar em contato com forças maiores que nós.

O segundo verso, "Canoa na praia", traz uma imagem mais concreta e específica, dando um sentido de localização à cena. A canoa na praia é um objeto que remete à pesca e à vida marítima, sugerindo um modo de vida simples e tradicional. A presença da canoa também sugere a ideia de que a praia é um lugar onde se pode ter contato com as atividades econômicas e culturais ligadas ao mar.

O terceiro verso, "Sol, sal, saravá", é o mais sintético e evocativo do poema. Ele traz elementos que remetem à experiência sensorial da praia: o sol, que aquece a pele e ilumina o ambiente; o sal, que se sente na pele e no ar; e o saravá, que pode ser interpretado como uma saudação à vida, ao mar e às divindades que o habitam. A combinação desses elementos cria uma sensação de plenitude e harmonia que é típica do haicai, uma forma poética que busca capturar a essência de um momento ou de uma cena.

No haicai "Sol e sal", Robson Cogo utiliza uma linguagem simples e direta, mas com um forte apelo emocional. O poema consegue transmitir uma sensação de serenidade e equilíbrio que é característica do ambiente praiano. A escolha dos elementos que compõem o poema (mar, sol, sal, canoa, Yemanjá e saravá) evoca tanto a natureza quanto a cultura brasileira, criando uma conexão com a identidade nacional e com as tradições populares. O haicai também é marcado pela musicalidade, com um ritmo que evoca as ondas do mar e que convida à contemplação.

Em termos formais, o haicai "Sol e sal" segue a estrutura clássica do haicai, com três versos. Essa estrutura tem origem na poesia japonesa, onde o haicai é uma forma muito valorizada e apreciada. O haicai japonês é coçnhecido por sua brevidade e pela capacidade de evocar imagens e sensações com poucas palavras. No haicai "Sol e sal", Robson Cogo segue essa tradição ao utilizar uma linguagem simples e direta, mas com um forte apelo emocional. A escolha dos elementos que compõem o poema (mar, sol, sal, canoa, Yemanjá e saravá) evoca tanto a natureza quanto a cultura brasileira, criando uma conexão com a identidade nacional e com as tradições populares.

Além disso, o haicai "Sol e sal" também traz elementos de intertextualidade, ou seja, referências a outras obras literárias ou culturais. A referência à Yemanjá, por exemplo, remete à mitologia africana e à religiosidade afro-brasileira, e sugere uma conexão com a tradição oral e com as histórias contadas por nossos ancestrais. O uso do saravá, por sua vez, é uma referência à cultura afro-brasileira e às práticas religiosas que se desenvolveram no Brasil a partir da chegada dos escravos africanos.

Em suma, o haicai "Sol e sal" de Robson Cogo é uma pequena joia poética que evoca a beleza e a simplicidade do ambiente praiano. Com apenas três versos, o autor consegue criar uma atmosfera de serenidade e harmonia que convida à contemplação. A escolha dos elementos que compõem o poema (mar, sol, sal, canoa, Yemanjá e saravá) evoca tanto a natureza quanto a cultura brasileira, criando uma conexão com a identidade nacional e com as tradições populares. O haicai é marcado pela musicalidade e pela brevidade, características que o tornam uma forma poética muito valorizada e apreciada em todo o mundo.

 Foto - Marcus Valdetaro 

Resenha por IA