terça-feira, 6 de setembro de 2016

Haicai - Já é setembro


Já é setembro

E as juras que fiz

Já nem lembro


#Haicai - Robson Côgo

O poema haicai "Já é Setembro" de Robson Cogo é um exemplo de como é possível expressar muito em poucas palavras, o autor consegue transmitir uma sensação de nostalgia e reflexão sobre o passado.

O primeiro verso do poema, "Já é setembro", indica uma mudança de estação e sugere o fim de um ciclo. Setembro é um mês que marca o início da primavera no hemisfério sul, mas também pode representar um momento de transição e renovação em outras áreas da vida. A mudança de estação pode ser vista como uma metáfora para a mudança de fase na vida do autor.

O segundo verso, "E as juras que fiz", sugere que o autor fez promessas no passado, talvez relacionadas a um amor ou amizade. A palavra "juras" tem um tom solene e formal, indicando que essas promessas eram importantes para o autor. No entanto, o uso do tempo passado sugere que essas promessas não foram cumpridas ou que perderam a relevância com o tempo.

O terceiro verso, "Já nem lembro", é o mais curto e poderoso do poema. Ele sugere que o autor já não se lembra das juras que fez e que, possivelmente, elas se tornaram irrelevantes ou esquecidas com o passar do tempo. A palavra "já" sugere um certo arrependimento ou saudade, indicando que o autor talvez gostaria de se lembrar dessas promessas.

O poema haicai é um gênero poético japonês que se caracteriza por sua brevidade e objetividade. Ele é composto por três versos, sendo o primeiro e o terceiro com cinco sílabas e o segundo com sete sílabas. Essa estrutura permite que o poema transmita uma ideia ou sensação de forma sucinta, sem a necessidade de uma descrição detalhada.

O haicai pode ser visto como uma forma de meditação poética, onde o autor busca capturar um momento ou uma sensação com precisão e simplicidade. O objetivo não é contar uma história ou descrever uma cena, mas sim transmitir uma emoção ou reflexão através de uma imagem ou ideia.

No caso do poema "Já é Setembro", Robson Cogo utiliza a estrutura do haicai para transmitir uma sensação de saudade e reflexão sobre o passado. A escolha das palavras é precisa e concisa, permitindo que o leitor visualize o cenário descrito pelo autor e sinta a emoção por trás das palavras.

Em resumo, o poema haicai "Já é Setembro" de Robson Cogo é um exemplo de como é possível transmitir uma ideia ou emoção de forma sucinta e objetiva. A brevidade do haicai permite que o autor capture um momento ou sensação com precisão, sem a necessidade de uma descrição detalhada. O poema transmite uma sensação de nostalgia e reflexão sobre o passado, utilizando a mudança de estação como uma metáfora para a mudança de fase na vida do autor. Além disso, o uso do tempo verbal passado sugere que o autor está se afastando dessas juras feitas no passado e, talvez, esteja deixando para trás uma fase importante de sua vida. A escolha das palavras é crucial na composição do poema e a palavra "juras" transmite uma certa solenidade e formalidade, indicando que essas promessas eram importantes e talvez, tenham sido feitas em um momento de grande emoção ou intensidade.

O último verso, "Já nem lembro", é impactante e sugere que o autor já não se importa com essas promessas ou que não tem mais a mesma importância que tinham no passado. A escolha do verbo "lembrar" também é interessante, pois sugere que essas promessas podem ter sido esquecidas ou simplesmente não fazem mais parte da memória do autor. Essa última frase também pode ser vista como uma crítica à superficialidade das promessas feitas nas relações interpessoais, que muitas vezes são efêmeras e não passam de palavras ao vento.

Por fim, o poema "Já é Setembro" é um excelente exemplo de como é possível transmitir uma mensagem profunda e significativa em poucas palavras. O haicai, enquanto gênero poético, permite que o autor capture um momento ou sensação com precisão, sem a necessidade de uma descrição detalhada. Nesse caso específico, Robson Cogo utiliza essa técnica para transmitir uma sensação de reflexão e nostalgia sobre o passado e, talvez, para lembrar que a vida é feita de ciclos e mudanças constantes.

Foto; Deborah FF.
Resenha por IA


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