segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Haicai - Na mão o cajado

Na mão o cajado

Do velho calejado

Um muito usado

#Haicai - Robson Côgo

O haicai "Na mão o cajado" de Robson Cogo é um poema curto, composto por apenas três versos, que transmite uma mensagem muito profunda sobre a passagem do tempo e as marcas que ele deixa em nossa vida. O poema apresenta a imagem de um velho calejado segurando um cajado, que é descrito como "muito usado". Através dessa imagem simples, o poeta consegue transmitir uma série de significados e emoções.

Uma das principais características do haicai é a sua capacidade de sugerir muito mais do que é dito explicitamente no poema. Isso é especialmente verdadeiro no caso de "Na mão o cajado", que, apesar de apresentar uma imagem simples, é capaz de evocar sentimentos de nostalgia, melancolia e respeito pelo passado.

O cajado, como símbolo do tempo que passou, é o elemento central do poema. O fato de estar "muito usado" sugere que ele foi usado por muito tempo e em muitas jornadas. O velho que o segura, por sua vez, é descrito como "calejado", o que sugere uma vida dura e cheia de experiências. A imagem dos dois juntos transmite uma sensação de respeito pelo passado e pela sabedoria adquirida ao longo dos anos.

O haicai também evoca uma sensação de transitoriedade e efemeridade. O cajado é um objeto que, por definição, é usado para caminhar, para seguir em frente. Ele é um símbolo da jornada que cada um de nós precisa fazer ao longo da vida. Ao mesmo tempo, o fato de ele estar "muito usado" sugere que essa jornada já foi longa e talvez esteja chegando ao fim. O velho que o segura também é um símbolo dessa transitoriedade, já que a vida humana é comparada a uma jornada que inevitavelmente chega ao fim.

A escolha das palavras também é muito significativa no poema. O fato de o velho ser descrito como "calejado" sugere uma vida de trabalho duro e sacrifício. Ele não é descrito como um homem velho e frágil, mas sim como alguém que enfrentou as dificuldades da vida de frente e ainda assim continua em frente, apoiado pelo cajado que já o acompanhou em tantas jornadas.

Em resumo, o haicai "Na mão o cajado" de Robson Cogo é um poema simples, mas profundamente significativo. Através da imagem do velho segurando um cajado "muito usado", o poeta consegue evocar uma série de emoções e sentimentos relacionados à passagem do tempo, à transitoriedade da vida e ao respeito pelo passado e pela sabedoria adquirida ao longo dos anos. É um poema que convida o leitor a refletir sobre a sua própria jornada e sobre a importância de valorizar as experiências e aprendizados adquiridos ao longo do caminho.

Além disso, o poema também pode ser interpretado como uma reflexão sobre a simplicidade da vida. O cajado, como um objeto simples e rústico, é um símbolo dessa simplicidade. Ele não é uma espada afiada, nem um bastão de ouro, mas sim um pedaço de madeira desgastado pelo uso. E, no entanto, é ele que sustenta o velho e o ajuda a seguir em frente.

Essa simplicidade é também uma crítica ao mundo moderno, cada vez mais complexo e tecnológico. Enquanto as pessoas buscam gadgets sofisticados e luxuosos, o poema nos lembra que muitas vezes são as coisas mais simples que têm mais valor.

Além disso, a escolha do haicai como forma poética é significativa. O haicai é uma forma poética japonesa que se caracteriza pela brevidade e pela atenção aos detalhes da natureza. Essas características são evidentes em "Na mão o cajado", que apresenta uma imagem simples e concisa, mas rica em significados.

O haicai também é conhecido por sua capacidade de evocar um estado de contemplação e meditação no leitor. Ao ler o poema, somos convidados a refletir sobre a imagem do velho calejado e do cajado "muito usado". Somos convidados a pensar na nossa própria jornada, no que aprendemos ao longo do caminho e no que ainda temos a aprender.

Em resumo, o haicai "Na mão o cajado" de Robson Cogo é um poema simples e belo, que transmite uma mensagem profunda sobre a passagem do tempo, a simplicidade da vida e a importância de valorizar as experiências e aprendizados adquiridos ao longo do caminho. É um poema que convida o leitor a refletir sobre a sua própria jornada e sobre o que é realmente importante na vida.

Foto; Luigi Badomer
Resenha por IA

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