domingo, 24 de janeiro de 2016

Haicai - Se era novembro?

Se era novembro?

De muitos sonhos

Uns nem lembro

#Haicai - Robson Côgo

O haicai "Se era novembro?" é uma obra poética escrita pelo autor brasileiro Robson Cogo.

O haicai de Cogo é uma observação lírica da vida cotidiana, com o autor refletindo sobre sua própria experiência e memória. O título sugere que a cena descrita ocorreu durante o mês de novembro, mas o poema começa com uma pergunta, deixando a possibilidade em aberto. É possível que o autor não esteja certo da época exata em que o evento ocorreu, ou talvez a data não seja relevante para a memória em si.

Os versos que seguem apresentam uma dualidade interessante: o autor lembra de "muitos sonhos", mas admite que "uns nem lembro". Essa contraposição cria uma tensão entre a nostalgia e o esquecimento, sugerindo que a passagem do tempo e a efemeridade da vida são temas importantes para o autor.

Ao mesmo tempo, a escolha de palavras é bastante econômica, criando um tom contemplativo e melancólico. A palavra "muitos" sugere uma riqueza de experiências, mas o fato de o autor não se lembrar de todos eles mostra como a memória é falha e incompleta. O uso da palavra "uns" em vez de "alguns" também enfatiza a ambiguidade e a incerteza que permeiam o poema.

Embora o haicai de Cogo seja breve, ele evoca uma série de emoções e pensamentos complexos, fazendo com que o leitor reflita sobre suas próprias experiências e memórias. A brevidade do haicai é um aspecto fundamental dessa forma poética, pois permite ao autor transmitir uma grande quantidade de significado em poucas palavras.

A simplicidade do haicai também é reforçada pela escolha de palavras e a estrutura rítmica da poesia. Cada linha apresenta uma pausa rítmica após a sétima sílaba, criando um ritmo suave e relaxante que contrasta com o significado melancólico do poema. A escolha de palavras também é altamente evocativa, com o autor usando imagens como "novembro" e "sonhos" para criar uma sensação de tempo e espaço.

Como forma poética, o haicai tem uma longa tradição no Japão e se tornou popular em todo o mundo. Embora sua estrutura rígida possa parecer limitadora, muitos poetas encontraram liberdade na simplicidade e no minimalismo do haicai. Ao enfatizar a observação direta do mundo natural e a introspecção, o haicai permite que os poetas se concentrem em momentos fugazes e nas emoções que eles evocam.

No caso do haicai "Se era novembro?", Robson Cogo usa a forma poética para refletir sobre sua própria memória e experiência, capturando a ambiguidade e a complexidade da vida cotidiana em apenas três versos. O poema é um exemplo impressionante
da capacidade do haicai de transmitir uma grande quantidade de significado com um mínimo de palavras, evocando emoções e reflexões profundas com sua simplicidade.

Além disso, a escolha de palavras e a estrutura rítmica do haicai de Cogo são notáveis por sua habilidade em criar uma atmosfera contemplativa e melancólica. A palavra "novembro" traz à mente uma época do ano em que as folhas das árvores caem e os dias se tornam mais curtos, sugerindo uma sensação de mudança e transição. Enquanto isso, a palavra "sonhos" evoca sentimentos de nostalgia e desejo, enfatizando o aspecto passageiro e evanescente da vida.

A contraposição entre "muitos sonhos" e "uns nem lembro" sugere uma reflexão sobre a natureza da memória e como ela é fragmentada e imperfeita. Essa dualidade também pode ser interpretada como uma reflexão sobre a importância relativa dos diferentes momentos da vida, com alguns sendo mais significativos e memoráveis do que outros.

Em suma, o haicai "Se era novembro?" de Robson Cogo é uma obra poética notável que evoca emoções complexas e reflexões profundas em apenas três versos. A escolha cuidadosa de palavras e a estrutura rítmica do haicai criam uma atmosfera contemplativa e melancólica que reflete sobre a passagem do tempo, a natureza da memória e a ambiguidade da vida cotidiana. Como uma forma poética, o haicai mostra sua capacidade de transmitir significado em poucas palavras, permitindo que o leitor mergulhe em uma experiência poética concentrada e evocativa.

Foto; Jim Daly.
Resenha por IA
                                        

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