Nem mesmo Jesus
À todos agradou
#Haicai - Robson Côgo
O haicai "Nem mesmo Jesus" de Robson Cogo é uma reflexão curta, porém profunda, sobre a natureza humana e a nossa necessidade inerente de aprovação. A obra, com seus poucos caracteres, consegue transmitir uma mensagem impactante sobre como somos constantemente julgados e como é impossível agradar a todos.
O poema é composto por três linhas, seguindo a estrutura clássica do haicai. A primeira linha "Quando aqui passou" apresenta o contexto da reflexão, criando uma imagem mental do evento que se passou. A segunda linha "Nem mesmo Jesus" é o ponto de virada do poema, introduzindo a ideia de que mesmo a figura mais perfeita da história humana não conseguiu agradar a todos. E finalmente, a terceira linha "À todos agradou" conclui a reflexão, deixando claro que não importa o que façamos, sempre haverá alguém que não se satisfará.
A mensagem do poema é clara e direta: agradar a todos é impossível. Até mesmo Jesus, figura central do cristianismo e considerado por muitos como o salvador da humanidade, não foi capaz de agradar a todos. Isso é um lembrete importante de que devemos nos libertar da busca incessante pela aprovação de todos ao nosso redor, pois é uma luta inútil e impossível de vencer.
O autor utiliza uma figura histórica muito forte e conhecida para transmitir sua mensagem, o que torna o poema ainda mais impactante. Além disso, o uso do verbo "agradar" é essencial para o sentido do poema, uma vez que se trata de um sentimento universal e profundo que todos nós já experimentamos. A mensagem do poema é atemporal e transcende as barreiras culturais e religiosas, o que torna a obra ainda mais poderosa.
Além disso, o haicai de Robson Cogo é muito bem construído, seguindo a estrutura clássica da poesia japonesa. Cada palavra e cada sílaba foram cuidadosamente escolhidas para transmitir a mensagem do poema. A escolha do tema também é muito interessante, pois trata de um aspecto da natureza humana que muitas vezes é negligenciado, mas que é extremamente importante.
Em termos de análise literária, o haicai é uma obra minimalista, mas extremamente eficaz em transmitir sua mensagem. A simplicidade da estrutura de três linhas é um exemplo de como a poesia pode ser poderosa, mesmo sem a necessidade de muitas palavras. O haicai é uma forma de poesia muito respeitada no Japão e em outros países, e é admirada por sua habilidade em transmitir uma grande quantidade de emoções e reflexões em apenas algumas palavras.
Em resumo, "Nem mesmo Jesus" é um haicai brilhante que transmite uma mensagem poderosa e universal sobre a natureza humana. O poema é bem construído, utilizando palavras cuidadosamente escolhidas e seguindo a estrutura clássica do haicai. A escolha do tema é interessante e relevante, fazendo com que o leitor reflita sobre a busca incessante pela aprovação. É uma obra que merece ser lida e relida diversas vezes, proporcionando sempre uma nova perspectiva sobre a nossa própria vida e sobre como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor.
É importante mencionar também a capacidade do haicai de evocar imagens mentais poderosas, mesmo em tão poucas palavras. O leitor é capaz de visualizar Jesus passando por uma multidão de pessoas, tentando agradar a todos, mas mesmo assim não conseguindo. Essa imagem é tão forte que fica gravada na mente do leitor por muito tempo após a leitura do poema.
Por fim, é interessante destacar que, apesar de ser uma obra curta e simples, "Nem mesmo Jesus" é capaz de tocar em questões profundas e complexas da natureza humana. A busca pela aprovação é algo inerente ao ser humano, e o haicai de Robson Cogo nos lembra que devemos ser mais gentis conosco e com o próximo e entender que agradar a todos é impossível.
Em conclusão, "Nem mesmo Jesus" é um haicai brilhante que transmite uma mensagem profunda e universal sobre a natureza humana. O poema é construído de forma inteligente, utilizando poucas palavras para transmitir uma reflexão complexa e impactante. É uma obra que merece ser apreciada por todos os amantes da poesia, e que certamente deixará uma marca duradoura na mente de quem a lê.
Foto; Julien Cognard
Resenha por IA
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