terça-feira, 22 de julho de 2014

Haicai - Nas brumas

Repousam ofegantes

Nas brumas da praia

Os homens navegantes

#Haicai - Robson Côgo

O poema "Nas brumas", de Robson Cogo, é um haicai que nos leva a contemplar a figura dos homens navegantes, que repousam ofegantes na praia envolvida em névoa. Com apenas três versos, o autor consegue transmitir uma imagem que nos remete a um estado de calma e contemplação, ao mesmo tempo em que nos faz pensar sobre a jornada desses homens que acabam de chegar à costa.

Os haicais são poemas de origem japonesa que, geralmente, retratam a natureza e os sentimentos humanos de forma sucinta e objetiva. E é exatamente isso que o autor faz nesse poema: ele nos apresenta uma imagem que, apesar de simples, é capaz de transmitir várias sensações ao leitor.

Ao utilizar a palavra "repousam", o autor nos transmite a ideia de cansaço, de um momento de descanso após uma longa jornada. Essa palavra também nos remete a uma imagem de tranquilidade e serenidade, o que é reforçado pela descrição da praia envolta em névoa. A névoa é um elemento que pode transmitir diversas sensações, como mistério, introspecção e até mesmo tristeza, dependendo do contexto em que é utilizada. Nesse caso, ela parece envolver os homens navegantes como um manto, dando um tom de mistério à cena.

Ao utilizar a palavra "ofegantes", o autor nos transmite a ideia de que esses homens acabaram de passar por uma jornada difícil e cansativa. Eles estão exaustos, mas ao mesmo tempo aliviados por terem chegado à costa. É interessante notar que o autor utiliza uma palavra que nos remete à respiração acelerada e ofegante, o que nos faz sentir, de certa forma, o cansaço desses homens.

Além disso, a escolha da palavra "homens" também é significativa. Ela nos transmite a ideia de que esses navegantes são seres humanos, com suas limitações e fraquezas. Ao mesmo tempo, a escolha dessa palavra nos faz pensar sobre a coragem e a determinação que é necessária para se aventurar pelo mar, enfrentando os perigos e incertezas que essa jornada pode trazer.

Outro elemento importante nesse poema é a escolha da forma haicai. Como mencionei anteriormente, os haicais são poemas curtos e objetivos, que geralmente retratam a natureza e os sentimentos humanos de forma sucinta. Nesse sentido, o haicai é uma forma poética que se encaixa perfeitamente na descrição dessa cena de navegação e descanso na praia.

Além disso, a escolha do haicai também nos remete à cultura japonesa, o que pode trazer à mente uma série de associações culturais e históricas. Os haicais são uma tradição literária muito antiga no Japão, e são considerados uma forma de arte em si mesma. Ao utilizar essa forma poética em um contexto diferente, o autor nos convida a refletir sobre as diferentes tradições e culturas que existem no mundo.

Por fim, é importante destacar que a beleza desse poema está na simplicidade e na objetividade da descrição. Com apenas três versos, o autor consegue transmitir uma cena que é capaz de evocar diversas sensações e emoções no leitor. É interessante notar que, apesar da brevidade do poema, ele é capaz de despertar a nossa imaginação e nos fazer refletir sobre questões que vão além da descrição física da cena.

Podemos pensar, por exemplo, sobre as histórias que esses navegantes têm para contar, sobre os perigos e desafios que enfrentaram no mar e sobre as dificuldades que tiveram que superar para chegar até a costa. Além disso, o poema nos faz pensar sobre o valor da jornada em si mesma, sobre a importância de se aventurar pelo desconhecido em busca de novas experiências e descobertas.

Outra questão que podemos refletir a partir desse poema é sobre a nossa relação com a natureza. A descrição da praia envolta em névoa nos remete à ideia de uma natureza selvagem e misteriosa, que não se submete à vontade humana. Os navegantes, por mais experientes que sejam, precisam respeitar os limites da natureza e aprender a conviver com seus caprichos e imprevisibilidades.

Nesse sentido, o poema pode ser interpretado como uma reflexão sobre a nossa relação com o meio ambiente e sobre a importância de preservá-lo. A descrição da praia envolta em névoa nos remete à ideia de um ambiente natural intocado pelo homem, e nos faz pensar sobre a necessidade de preservar esses espaços para as gerações futuras.

Em suma, o poema "Nas brumas", de Robson Cogo, é um haicai que nos convida a contemplar a figura dos homens navegantes repousando na praia envolta em névoa. Com apenas três versos, o autor é capaz de transmitir diversas sensações e emoções, e nos faz refletir sobre questões que vão além da descrição física da cena. É um poema que nos convida a pensar sobre a nossa relação com a natureza, sobre o valor da jornada em si mesma e sobre a importância de se aventurar pelo desconhecido em busca de novas experiências e descobertas.

Foto; web
Resenha por IA

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